Corpo Fechado
Textos para quem precisa e esteja realmente disposto a sair da convivência da grande hipocrisia que circunda o mundo. Aqui falamos de assuntos sérios, obviamente que não teremos tantos leitores. Tambem não temos a pretensão da verdade, mas estamos longe da hipocrisia e da mentira.
domingo, 8 de maio de 2011
Honoráveis glorificadores
Tem sido cada vez mais comum, recebermos todos os dias um grande número de e-mails em nossa caixa postal, com mensagens de todos os tipos e formas, como uma tentativa de conversão para uma crença, esta verdadeira e digna de respeito, como todas as filosofias e religiões, mas vinda de uma fonte hipócrita.
Os novos convertidos, sem reforma moral, continuam fazendo suas presepadas na vida, vivem enviando este tipo de mensagem, mas não possuem a atitude no dia a dia de acordo com as balelas que enviam.
Doentes, desequilibrados, perdidos, que estão buscando um amparo apenas para a conquista de ossos e ficam tentando converter os outros ou passando mensagenzinhas de hipocrisia, pois não são estes os maiores exemplos.
Na primeira oportunidade são estes que lhe destroem.
Glória à zeus.
Cuidado.
Estes são os piores.
Tom Capella
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Da lama à choupana
Tentar expressar por meio de palavras o que se sente dentro dos emaranhados caminhos do ser é uma longa jornada a ser seguida. Talvez até além túmulo ainda não conseguiremos por meio das palavras que deixamos, nos fazer compreender.
As palavras por vezes não nos pertencem. As simples recordações que nos visitam o pensamento também já não mais nos pertencem e vivem apenas dentro dos campeios dos nossos pensamentos. Estes que se desfazem quando ao pó retornamos.
As palavras passam a ser uma extensão de nós mesmos, sobrevivem a nós mesmos.
Mas nesta singeleza da vida no que tem de mais simples quando todos nós nos esbarramos nestas, as coisas mais simples, quando temos fome e buscamos algo, quando temos fome de sentimentos e nem sempre encontramos o que realmente nos preenche estes vazios.
Ou quando olhamos olho no olho um animal que nos fita e mostra em atitudes que nos ama. Mas a diferença é que nesta mistura de sentimentos, nos colocamos perante ele como a um Deus que observa a criatura que não pensa, mas sente e nos ama. E nós que pensamos e ainda não aprendemos a amar. A realmente valorizar as coisas mais simples.
O simples fato de nossa existência tão efêmera, tão passageira. Quando nos aceitamos como somos, o quão limitados ainda somos. Preconceituosos por vezes, quando julgamos pelas aparências e quando criamos situações inexistentes e vivemos por estas situações por anos de nossas vidas. Passamos e a mesa de madeira permanece, as praças se transformam mas continuam as mesmas praças, os mesmos bancos, as mesmas tardes, mas os casais são novos personagens.
Este tempo que avança e nos consome e nos conduz a novas paisagens, lapidando nossas almas, mostrando-nos que castelos que por vezes imperávamos nos tornaria por vezes como trapos ou nos reduziria à cinzas jogadas no jardim.
O que buscamos por vezes não se encontra dentro do baú dos dogmas que criamos. Das mentiras que exercitamos. Do nosso banimento diário e sufocante em relação aos nossos anseios.
Nem sempre nem sabemos o que buscamos. Mas sentimos. Mas também vivemos em outros momentos como se eternos fôssemos e perdemos a cada dia do nosso precioso tempo. Vivendo vidas estagnadas, rotineiras, artificiais e sem cor.
O que buscamos?
O que queremos de fato?
Para onde vamos?
Apenas queremos nos satisfazer no campo dos desejos mais primitivos? Na banalização da vida? De nossas vidas?
Mas na conscientização atrasada quando estamos podres, doentes e abandonados à própria sorte?
O que construímos para nós, nossa choupana fria ou nossa casa com lareira?
Quando nos olhamos no espelho vemos o quê? O que queremos ver ou quem realmente somos?
E quem somos nós?
Vivemos apenas dos desejos?
Qual é o segredo que possa atender ao anseio individual de cada um de nós, onde ele está, como chegar até ele e descobri-lo e utilizá-lo?
E pensamos, como é bom por vezes sabermos quedar nossos espíritos e que somos efêmeros. Como é bom saber que o processo sempre se reinicia novamente como se fosse um desconto, uma vingança da natureza que segue sempre em frente em sua força inabalável de transformação.
Quando nossos valores são tão fortes, nada os abala. Se algo os abalar, não os derruba.
Quando nossas convicções são precisas ela nos mantém no rumo, na busca de nosso caminho de Santiago.
Esta necessidade de auto-consciência, de enfrentamento ao espelho sujo e cruel por vezes do podre que derrapamos. Mas muitas vezes na lama escura descobrimos nosso diamante, nossa chance, nossa razão.
Tom Capella
Aquele lugar
Regras
sábado, 30 de abril de 2011
Ela sempre sabe
Muitas vezes acreditamos no que queremos, em quem queremos (acreditar) e nas palavras que queremos transformar em verdades inexistentes; ignoramos assim atitudes, pequenos gestos e sinais que mostram com quem estamos lidando no dia a dia.
Sempre temos a oportunidade em valorizar o que temos e não mais sofrer por aquilo que não temos.
Ignoramos nossa vida presente e sofremos pelo futuro.
Quando aprendermos a valorizar de fato as pequenas coisas, os pequenos gestos, o olhar sincero, a singeleza das atitudes, estaremos então muito mais preparados do que imaginamos.
Não somente no campo da agressividade, da força como defesa, mas do instinto de auto-preservação e inteligência para saber agir, no silêncio dos prudentes.
Tom Capella
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Não abra uma porta que você não possa fechar
Estômagos por vezes remexem-se como se um enxame de abelhas guerreiras estivessem prontas para combater o que de melhor temos.
As vezes é necessário que a mão esquerda dos anjos faça presença nos vales da morte, onde há dor e ranger de dentes, de forma a manter a segurança da paz.
Borboletas no estômago que se foram para não serem o alimento do dia.
Muitas pessoas abrem portas em suas vidas que jamais conseguirão fechá-las sem que sintam a presença da dor, da perda e das decepções.
Outras fazem justamente o contrário, fecham portas que poderiam ser a sua libertação, a saída inefável para sua jornada rumo a novos horizontes, ares e uma nova vida, saindo de problemas quase que insolucionáveis.
Outras são sábias e sabem exatamente cruzar o vale da morte sem que sejam vistas, avançando rumo à luz.
Tudo sempre dependerá das escolhas que fazemos e da conscientização dos princípios básicos da vida.
A dor sempre virá para os imprudentes, aos que ferem e vivem do alimento das trevas.
Tom Capella
Salmo 23
O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos,
guia-me mansamente às águas tranquilas;
Refrigera a minha alma,
guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome,
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte
não temeria mal algum, porque tu estás comigo,
a tua vara e o teu cajado me consolam;
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos,
unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda;
Certamente que a bondade e a misericórdia
me seguirão todos os dias de minha vida,
e habitarei na casa do Senhor por longos dias.