sábado, 13 de novembro de 2010

Fênix


Desculpe-nos se por vezes conseguimos assim enxergar no mais profundo dos abismos humanos. Se de nossas quedas e da extrema unção que nos deram, do nada nos recompomos e recomeçamos a vida. Se da dor fizemos o amor e acima de tudo a “fortaleza inabalável”.

Nas nossas vitórias caminhamos carregando sempre nossos fracassos, de forma a nunca esquecermos o caminho.
Tivemos o direito de acertar mas tivemos o direito de errar. Sentir a dor no olhar. Observar o silêncio de nós mesmos na certeza de cada renascer.

Aprendemos que ser feliz não é a conquista material e sim a conquista da paz.

E se você tem paz, você é forte e se é forte você conquista.
Felicidade é também o simples gesto em observar o mar. Sentir a brisa. Pisar na areia com os pés soltos. Sentir assim a vida ao nosso redor e respirar no aconchego do momento mais precioso do viver.

Se do que conquistamos, para alguns fosse assim o arquétipo de força e felicidades, para nós apenas um acessório que jamais nos desviaria o olhar nas coisas que realmente valorizamos.

A praça lotada. Velhos, crianças, jovens enamorados. Um vendedor de pipoca e ao lado o realejo, a árvore centenária, o sol a observar.
Seguimos assim, rente nos meus olhares e percebo ali o porto. Ponto de partida e ao mesmo tempo ponto de chegada. Chegada de cabanos e sonhadores.

Assim avançamos na inefável beleza e encanto do nosso olhar ao universo e do olhar do universo em nós.

Tom Capella

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