A CRISE DO AMOR

Estou postando esta matéria que achei muito interessante, que vem de encontro a tanta inquietação que há no mundo em suas buscas constantes, o que acabam se perdendo na aparência, sem perceber a essência das coisas.. ou por vezes para preenchimentos de vazios que poderiam por assim dizer em momento oportuno no silêncio da espera em procura encontrar.. compreendendo-se assim que amor entre dois seres é doação mútua.. respeito mútuo.. lealdade e fidelidade.. infidelidade não é somente o ato em sí, onde aí entra a lealdade que digo .. complementação.. e aprendizado. Devido as procuras erradas ou expectativas do Eros, há tanta decepção, tanta mágoas. Não existe o amor perfeito, o par perfeito e essas frases furadas de que pessoas são todas iguais, etc.. ou seja.. carregam-se muitas frustrações para o futuro de um passado que já passou e sofre-se muitas vezes sofrimentos gratuitos.. enquanto poderíamos estar preenchendo esse espaço na busca verdadeira da nossa harmonização.. pois amor é sintonia.. é inevitável alguém ficar só.. enquanto de sua busca quando procura as respostas da vida em sí mesmo procurando modificar-se a sí mesmo.

(Tomiello) (essa é minha opinião)

Então vamos à matéria:


Fonte: Revista Filosofia


Como amar sem sofrer, de Platão a Simone de Beauvoir

(irei postar aos poucos)

Jornalista Talita Cícero (Revista Filosofia)

Obs.: Ao final das postagens quero tomar a liberdade em tecer meus comentários (Tomiello)

NÃO SABEMOS MAIS AMAR ?

Em meio a tantas crises existenciais, o homem contemporâneo esqueceu de sua maior virtude: o amor

Sentimento que impele as pessoas para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso. Afeição, grande amizade, ligação espiritual. Carinho. Tendência ou instinto que aproxima os animais para a reprodução. Desejo sexual. Essas são algumas das inúmeras definições encontradas em dicionários para a palavra amor.

Mas o que significa este sentimento no mundo das idéias filosóficas ? O que é o amor para o filósofo e qual o verdadeiro significado deste sentimento para nossa vida ?

Amar está além das aparências, do corpo e da beleza exterior. Amar, para alguns filósofos, é buscar o que nos falta. Acabar com a carência da alma, procurar inquietar o que tanto alardeia: o vazio do espírito humano. É um sentimento evoluído, que somente pessoas evoluídas conseguem sentí-lo. Lonte da visão romântica que conhecemos, amar não é precisar do outro porque simplesmente aprecia a companhia. Amar é necessitar da presença do outro, pois as almas se completam e sozinho o mundo não tem sentido.

Professor da Universidade Católica de Santos e do Centro Universitário Monte Serrat e mestre em Lógica e Filosofia da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Fabio Cardoso Maimone explica que, dentro dos temas da Filosofia, o amor é um dos mais importantes sentimentos. "Até mesmo na palavra Filosofia há relação com este sentimento: amor pela sabedoria. Sofia é sabedoria e Filia é um tipo de amor, que não é carnal, mas o amor da busca, do desejo; é o amor da inquietação".

CARA-METADE

Devido a sua importância em nossas vidas. O amor é tópico de diversos debates e diálogos, sendo talvez o maior exemplo deles a obra O Banquete, do próprio Platão. Neste livro, o filósofo aorda distintas explicações e justificativas (continua..)

"Quando existem ideais comuns entre duas pessoas, as diferenças de personalidade continuam existindo. Há algo mais forte que ajuda a superá-las"

(continuação..)

para tal sentimento, utilizando-se de personagens já conhecidos entre seus leitores.

De início, Platão diz que é necessário homenagear um deus que ninguém, até então, tenha homenageado; e o escolhido é Eros, o deus do amor. "Acontece que ninguém entende Eros no sentido de desejo, todos o entendem como paixão, libido, sexo. Eros está muito atrelado à questão carnal e não à questão filosófica do amor", enfatiza o professor Fabio Maimone, esclarecendo que não é que o filósofo abra mão da questão carnal e não entenda o amor do ponto de vista físico, mas, para ele, o espiritual tem que superar o corpo. (Faço aquí já uma observação minha/Tomiello.. tudo é um complemento.. se há amor uniforme o sexo é a fonte de energia mais pura que possa existir, principalmente porque dele provém a "vida".. e é justamente, observação minha que torna-se uma miscelânea de sentimentos.. convivência e respeito ao limite do outro, compreensão e aprendizado contínuo justamente nesses mesmos ideais) (continua a matéria..)

Voltando ao livro, Platão propõe um banquete no qual o amor seria homenageado. O primeiro a se manifestar é Fedro, por isso considerado pai do discurso. Para ele, Eros é o mais velho dos deuses e dessa forma o ideal para levar o homem ao encontro da felicidade eterna. "No discurso de Fedro, amam os mais experientes, quem tem mais idade. E isso não é verdade" explica Maimone. Os outros personagens presentes discordam da colocação de Fedro e passam a expor suas opiniões sobre o amor. Pausânias acredita que existem dois tipos de Eros para os homens. O celestial, representando o amor espiritual (nova observação minha.. para mim o amor espiritual engloba o carnal.. pois é como disse um todo.. enfim) mas vamos seguindo a linha de raciocínio aquí senão vou gerar polêmica (Tomiello)..

O Celestial, representando o amor espiritual, ama a parceira Afrodite espirititual, já aqueles que amam de maneira vulgar, têm Eros vulgar, e por sua vez uma parceira igual representada pela Afrodite vulgar. Assim, cada homem com seu objeto de desejo apropriado.

Pausânias também diz que o amor é sinônimo de liberdade para o homem, pois o amante faz coisas que escravo algum aceitaria fazer. As ações que temos em relação àquele que mamos nunca serão ridículas, e mesmo que exista a possibilidade de agredir um deus,seremos perdoados porque estamos amando.

Também presente na festa, o médico Erixímaco crê que amar é buscar a harmonia. "ParaErixímaco ama quem tenta equilibrar-se no outro.

Todas as relações seriam legítimas, porque em ambos os casos você busca sua cara-metade".

Continua.. (uma hora dessas)