segunda-feira, 9 de abril de 2007

Pessoas


"Você pode descobrir mais sobre uma pessoa em uma hora de brincadeira do que em um ano de conversa"
Platão

domingo, 8 de abril de 2007

Vinícius, compreendo-te..

Como dizia Vinicius de Moraes:

"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.

Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor.

Eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. (tenho de fato este defeito)

E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos."

Busquei Mário Quintana estes dias ..

Lí Mário Quintana estes dias..Fiquei impressionado novamente no tocante a suavidade das palavras tentando expressar o mais puro sentido da vida..Em detalhes que encontrei apenas em Érico Veríssimo.. quase paródias, mas o amor é assim mesmo, ele mistura-se nestas paragens do mundo infinito e verdade do sentir, da sensibilidade..Acredito que tudo possa ser assim um grande palco, para que possam os seres fluírem por vezes, “de” sua sensibilidade, sorrisos, enfim, desfrutar o tempo.. ah, o tempo, este nobre, que nos leva em seus tenros mistérios.. Nossas vidas são por vezes como filmes antigos, que ficarão um dia na cor do passado..Ontem olhos observavam o noturno, tentavam por vezes como desertos humanos misturarem-se de forma a encontrar um grande amor..Em outros momentos muitos escondiam-se na solidão de sí mesmos e trancafiavam-se nas melancolias e mágoas de amores que não viveram ...Ah, quanta tristeza há, por vezes no labutar de meu respiro, por momentos que não viví.. há, arrependimentos e desarrependimentos que me envolveram nos últimos anos por sentidos que se esvairam nos caminhos e percalços do tempo..Há, meu corpo físico já denota os cabelos grisalhos e quando olho-me no quarto de banho, na hora onírica em em que utilizo o aparelho de barbear (esta frase já de Érico Veríssimo, em Solo de Clarineta), noto (parodiando) o sujeito mais íntimo de meu ser.. aquele que conhece verdadeiramente minhas verdadeiras facetas.. meus medos, minhas inseguranças e meu porvir.. aonde o homem, maduro por vezes menino, pensa que o tempo por vezes lhe absorveu a vida.. Há, quanta tristeza há, nos sorrisos matutinos do meu ser..Quando quedo-me ao chão para pegar uma simples folha verde para uma nobre pessoa, noto com meus olhos de menino o homem que ainda colhe e semeia sensibilidade.. há, quantas verdades podem haver nos verdadeiros sentidos de cada um de nós..O que buscamos por vezes neste sentir ?
Adoro isto tudo
bye Tom

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Aonde anda Chiquinha Gonzaga ?

Chiquinha Gonzaga para mim é um caso "a parte" .. nos desencontramos no tempo..
Cheguei em 1.965 por aquí e em São Paulo, ela em 1.847 e no Rio de Janeiro, ainda com 300 mil habitantes..
Cerro meus olhos (eu Tom) e tento ouvir de forma suave "Atraente", e imaginar como éram as noites nos saraus, com música e boas companhias, em uma harmonia que só eles viveram.
E interessante que olho a lua e digo, lua, você viu tudo isto, você estava lá..
O mais interessante que causou alvoroço na época foi seu romance com um digamos, "garoto" 36 anos mais jovem..
Bom, no mais sem palavras ...
Hoje está enterrada no Cemitério do Catumbé no Rio de Janeiro, mas com certeza, ela não está lá.. nem resquício.. Está com certeza na Soberania do Universo, com sua suave sensibilidade como notas musicais, espalhadas pelo céu, junto as estrelas..
Noto que as estrelas não estão mais tão sós.. somente sós..
Quando noto as estrelas, penso: - Olhe as Gonzaguinhas, que lindas ..
Tom

Chiquinha Gonzaga (1847-1935), compositora e maestrina carioca eternizada pela marcha carnavalesca "Ó Abre Alas", passou a vida enfrentando preconceitos em nome da paixão pela música. Por ter se dedicado a uma atividade até então exclusivamente reservada aos homens, na conservadora capital federal da segunda metade do século passado, ela foi renegada pelos pais, desfez casamentos, ficou longe dos filhos e foi alvo de toda espécie de sátiras e piadas. Nada disso, contudo, a afastou do trabalho. Chiquinha compôs até as vésperas da morte, em 1935, aos 87 anos.
Foi a vida pessoal, entretanto, que reservou a Chiquinha os principais desafios, numa cidade com traços ainda provincianos - o Rio de Janeiro da época tinha pouco mais de 300 mil habitantes.Tudo indicava que Chiquinha seguiria o destino reservado às "moças de família". Casou-se adolescente com um marido aprovado pelo pai e, aos 16 anos, deu à luz o primeiro filho, João Gualberto. No ano seguinte teve Maria. Três anos depois, já seduzida pela música, decidiu separar-se do marido, que resistia à idéia de vê-la ligada ao mundo boêmio.
A separação provocou a ira do pai de Chiquinha, que a partir de então a considerou morta. Não a perdoou nem quando estava no leito de morte e a filha foi pedir-lhe a última bênção. Ao agir assim, José Basileu parece ter esquecido que ele próprio enfrentou o preconceito da sociedade para casar com Rosa, mestiça de classe social inferior à dele. Casamento que inclusive atrapalhou a evolução da carreira militar de Basileu, instruído bacharel em matemática e ciências físicas que falava latim, francês e inglês.
Apesar do precoce rompimento com a filha, Basileu ficará na história como o responsável pela iniciação musical de Chiquinha, ao presenteá-la com um piano quando a menina ainda não tinha dez anos. Aos 11, ela apresentou a primeira composição numa festinha familiar de Natal.
Longe dos pais e dos filhos, Chiquinha transformou os amigos do circuito boêmio numa nova família. Recebeu atenção especial do flautista Callado, criador do "choro" e reconhecido mulherengo, que a ela dedicou a polca "Querida por Todos".
Mas Chiquinha se lançou mesmo aos braços de João Batista de Carvalho Júnior, um autêntico bon-vivant com quem passou a morar. Em 1876, quando nasceu a filha Alice Maria, o casal decidiu se afastar da preconceituosa sociedade carioca e se mudou para o interior de Minas Gerais. Ao surpreender o amado com outra mulher, contudo, Chiquinha resolve mais uma vez arrumar as malas e mudar o rumo da vida. Deixou não só o marido como também a filha, que ainda não havia completado um ano.
A nova decepção amorosa parece ter revelado a Chiquinha que o matrimônio decididamente não era para ela. Partiu de vez para a carreira artística. Compondo e dando aulas, ela tirava o sustento do piano. Aos 30 anos, chamada de "cabocla estonteante" pelos colunistas sociais da época, Chiquinha era uma mulher livre, atraente e sedutora. Mas as calúnias, fofocas e piadinhas aumentavam na mesma proporção em que as polcas de Chiquinha se tornavam populares. As hostilidades se estenderam por pelo menos dez anos, entre 1877 e 1885, e só diminuíram quando ela passou a exercer a respeitável atividade de maestrina.
Em 1906, Chiquinha mudou-se para Lisboa, onde permaneceu por três anos. Voltou de lá unida a João Batista (Joãozinho Gonzaga), um rapaz 36 anos mais jovem que havia conhecido ainda no Rio. A convivência de uma mulher quase sexagenária com um homem no ardor dos 20 e poucos anos causou novo terremoto na sociedade carioca. João Batista foi companheiro fiel na velhice de Chiquinha, que assim se manteve forte para continuar trabalhando. Em 1933, aos 85 anos, ela escreveu a última partitura, "Maria".
Em 28 de fevereiro de 1935, uma das mulheres mais fascinantes que o Rio de Janeiro já conheceu finalmente encontrou a morte. Dois dias depois, 2 de março, sábado de carnaval, realizou-se o primeiro concurso oficial de escolas de samba. Encerrava-se assim um ciclo da música popular brasileira que teve em Chiquinha Gonzaga o principal expoente.

Descobertas de Sexta-feira Santa

Descobrí que aprendí a deixar voar..
Mesmo ficando por vezes só por opção do silêncio ou na qualidade de amigos..
Descobrí que aprendí a amar verdadeiramente de forma madura..
A compreender e a não sufocar..
Descobrí que aprendí a amar-me de forma tenra como se hoje fosse o último de minha vida..
Descobrí que sou forte e verdadeiro ..
Que tenho meus próprios princípios e nunca fiz parte do jogo errado.
Que sou guerreiro que sabe conviver com a dor se necessário, mas que não deixa de lutar pela paz e harmonia interiores..
Que sou duro na queda, mas não perco oportunidades por orgulho próprio.
Que pessoas são importantes ..
Que amigos são anjos ..
Que sorrisos e conversas são o que há de melhor na vida..
Que noites de conversa na mesa de um bar, isto mesmo, um bar, com pessoas agradáveis são pérolas inesquecíveis..
Que falar bobagens e tomar um café olhando a Avenida Paulista vazia, é maravilhoso.
Descobrí que podemos fazer de nossa vida uma arte ..
Viver com arte ..
Sermos sempre autênticos e lutar por nossos princípios
Mesmo que os sentimentos tentem nos trair, que possamos compreender a verdadeira essência do amor ..
Amor é troca é sintonia e sincronismo verdadeiro de querer saber se o outro está bem ..
Enfim amor é a verdadeira essência da vida..
Descobrí que ter uma mulher ao lado é uma das maiores maravilhas do universo, é poesia pura, é aconchego.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Nos silêncios

São assim nos silêncios dos convéns..
Nas encostas dos poréns
Aonde nos dispersamos..
Tristes são estas dispersões..
Quando nos esvaziamos por dentro..
Nos tornamos frios, sólidos impassíveis..
Vestimos nossas armaduras..
Nosso elmo reluzente, prateado, para novos combates..
Nos sorrisos lascivos de tua alma..
Sigo imponente, no caminho dos desencontros..
Nos faróis que me tocam a solidão ...
Aquí houveram momentos de sensibilidade..
Por épocas, talvez milênios ..
Um prisma, um feixe uma luz..
Um sorriso na estrada, me faz por vezes reviver os momentos de sensibilidade perdida no tempo ..
Nas estradas distantes..
Observo disfarçadamente a luz das estrelas..
Penso ser um poeta novamente..
Mas sou apenas um combatente dos desdéns da alma..

Avanços ??

A humildade por vezes deve ser nossa constante companheira, mesmo que a vida tenha nos permitido as armas do saber e a força para novos avanços. Nosso livre-arbítrio é guarida para nossa paz interior. Conte aquí comigo nos momentos de alegrias e nos momentos de possíveis tristezas. Apenas seres ilibados conhecem a verdadeira força da lealdade, seja ela entre amigos, conhecidos, colegas, ou pessoas que um dia de uma forma ou de outra passaram por nossas vidas. Pense, reaja, mude as coisas e avança sem olhar para trás. Por vezes perdemo-nos nas esquinas noturnas da vida e do nada encontramos rostos, pessoas, respeito, compreensão, e anjos noturnos.

Por vezes renasço das cinzas..
Nas cinzas por vezes caminho..
Nos universos paralelos de mim mesmo..
Grito, penso, clamo ..
A chama ardente que me envolve a alma..
A esperança nos amanhãs ..
E a chantagem do hoje..
Ontem com os pés na areia, notei uma praia tão linda..
Uma plenitude soberana da lua que me chamava ao porvir..
Há, quanta tristeza há, nos olhos silenciosos daquele que busca..