Estive em Passárgada uma vez.. em quarenta anos de existência.. apenas na presença física alí.. notei que estava em um lugar diferente de todos que passei ou viví..
Notei alí as diversas nuances de Passárgada que também havia em seus derredores seus problemas.. mas isso não éra o que estava presente alí, pois meus olhos viam o que muitos olhos não conseguiam ver..
Notei alí talvez pela alta sensibilidade que eu estava naquele dia .. o que realmente Passárgada esconde.. não, eu não éra amigo do rei.. nem estava alí para conquistar tesouros.. muito pelo contrário.. estava apenas buscando meus sonhos..
Sonhos são tesouros ? Então eu estava para conquistar tesouros..
Mas não queria alí nada que pudesse carregar em minhas mãos.. apenas os sentimentos e o poder em levitar entre aquele mar azul.. quase pedras preciosas brilhantes que refletiam-se entre meus pensamentos, olhos e sensibilidade.. sim sei que é difícil para compreender.. mas o mar revolto ao bater nas pedras parece que tentava dizer-me algo.
Cerrei meus olhos e como se tivesse retornado à Passárgada centenas de anos atrás onde com suas muralhas tentavam evitar o inimigo estrangeiro.
Notei belezas suas sinceras..
Quando notei estava eu em um estado de letargia mental, onde todos meus problemas haviam desaparecido.. consciente dos próprios problemas de Passárgada.. mas sentia-me alí amado, querido e com uma capacidade de amar infinita.. Havia desprendido-me de meus conceitos da vida.. e do ceticismo frio e nefasto sobre as desconfianças da vida em sí e dos relacionamentos humanos..
Notei que muitas pessoas carregam suas Passárgadas dentro de sí.. outras vivem mundos sinistros das mágoas antigas.. profundas e que carregam na alma e transpassam isso aos que querem entrar naquela sintonia..
Tenho notado que a vida é por vezes muito mais simples do que imaginamos porque como um porto haverá o dia da chegada e o dia da partida.. é o ciclo da própria vida.. sendo que não somos possuidores de nada como pensamos.. ou agimos..
(continua..)
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