sábado, 9 de janeiro de 2010

O teu bangalô

Ontem naquele avião senti lá de cima que poderia assim apagar tantas de tantas e de quantas coisas. 
E assim enfrentar o que poderia me aguardar lá na frente no túnel escuro do que nem sabemos que buscamos.
Senti cada toque da música, cada revoar dos pássaros, o avanço do pássaro de aço.
Dos sonetos meus misturavam-se o barulho das turbinas, o rosto dos anônimos.
E do que nos tornamo-nos por vezes. O que nos tornam as vezes? No que acreditamos nas pessoas? O que desacreditamos e assim nos tornamos feras.
O que nos torna feras?
E se dessas feras, que nos tornamos por vezes despertamos a fúria necessária para fazer o dínamo das transformações efetuar as mudanças necessárias, racionais ou irracionais que nos permitem sobreviver a nós mesmos.
av
Esse vazio que é o homem em suas constantes buscas.
Na dependência perigosa dos sentimentos alheios para que possa sentir a brisa do mar no rosto.
Essa descoberta da auto-suficiência no campo dos sentimentos por vezes não nos torna egoístas, frios e insensíveis.
Apenas somos insensíveis às mentiras, as hipocrisias, aos teatros nefastos dos que se disfarçam de poesias mas em verdade são guetos de dor.
E nessa força que tens, possas assim, avançar como fogo no céu. Como um pássaro. Um ser liberto e desencantado por aquilo que não representa de fato o que buscas.
Vai!
Segue adiante!
Você pode! Você consegue.
Tom Capella

Nenhum comentário:

Postar um comentário