sábado, 23 de janeiro de 2010

A Síndrome

Tem tanto babaca por aí (desculpe o termo) que acham que estão podendo. Ou se acham. E perdem a noção do ridículo.

Eu mesmo já achei que estava podendo. Já perdi a noção do ridículo e devas eu ter sido um bom motivo de riso e risada para muitos.

E assim vamos aprendendo. Saímos das geleiras que nos colocamos por vezes na vida. Nos arrastamos pelas noites. Entre sorrisos e rostos anônimos como se fôssemos encontrar um rosto sincero. Um abraço verdadeiro ou uma bela mesa de bar para naufragarmos nossas mágoas e frustrações e nossos fracassos morais.

bar

São assim nesses jardins internos de nosso coração, que vemos os roseirais. Os vocês. Os eus. Os nossos corsários. Nosso porto. Nossa chegada. Nossa partida. Nossas dores. Nossos meio sorrisos. Nossos vazios compartilhados em um copo já vazio que pede mais.

Se esse chão tem rosas. Se esse chão tem pétalas. São nessas que tentamos por vezes nos arrastar. E assim nossos dedos ficam imantados por um aroma de rosas.

E assim, o sol nos bate no rosto. E assim sentimos o day after. O day after de nós mesmos naquilo que não tivemos capacidade de enfrentar que nossos próprios demônios.

Essas lâminas que nos ferem. Essas lâminas que nos cortaram as entranhas melancólicas das horas que não passavam. A buzina lá fora. A janela escura. A cortina na penumbra. O rosto escondido observando a avenida.

Seria um sonho de concreto ou apenas a procura intensa do mar?

Bem sabemos!

Tom Capella

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