Todo homem feliz carrega sempre um olhar triste.
E no que lhe é triste, nas perdas nos ganhos. Nos abraços.
Nas vozes que não mais ouvirá nessa vida.
Nos sorrisos que ficaram para trás nas estradas de terra.
No pé de pêssego com o tricô de quem um dia queria abraçar e chegou tarde.
Nos gritos de dor.
No choro.
Na cegues e vontade de partir.
No choro silencioso.
Na dor da perda e no ajoelhar na calçada discreto para sentir a pontada aguda da tristeza.
E na alegria em seguir.
E assim. Em arrastar a cruz.E em carregar a cruz. Existe uma diferença.
A cruz das experiências.
E assim. Na figura de Maria de Nazaré, na humanidade que pede mãe. Carinho.
E assim sigo. No sorriso de Jesus. No olhar do romano. Na misericórdia dos anjos.
E assim o olhar silencioso.
Sereno.
Nem triste. Nem alegre.
Mas com um sorriso escondido. Um sorriso sempre escondido.
E um sorriso ausente. Que se faz presente. Nos momentos de felicidade. Que vivo.
Tom Capella.
Nenhum comentário:
Postar um comentário