"É preciso ser para poder ter, não o "ter", para poder dizer que se é"
Tem sido cada vez mais comum ouvirmos sobre pessoas que venceram na vida, baseados no carro que adquiriram, o apartamento novo que compraram, os troféus que ostentam no meio em que vivem, como se fosse um passaporte direto para ao que chamamos de um homem integral (leia-se mulher também).
Se você observar a vida pessoal dos mesmos, baseado em uma consulta pública, verá a lista de processos e rastro de destruição que deixaram por onde passaram, fora as morais (que não constam), quando somadas, ultrapassam a ponte Rio - Niterói.
A grande preocupação do momento é a idealização do sucesso apenas sobre as conquistas materiais e não morais.
"Malandro esperto é o malandro diferente, que cumpre o que fala, que anda de cara limpa e não se vende por nada"
Hoje o mais esperto sobrevive.
Aquele que atua dentro da civilidade, hombridade e ética é taxado de fracassado e otário, quando não muitas vezes de ingênuo; mesmo quando também conhece os caminhos da mediocridade e desonestidade, mas não trafega por eles.
Os mais ágeis em conseguir os adventos financeiros sobre o outro mesmo que utilizando de mentiras, falas mansas ou pequenos golpes no campo dos relacionamentos comerciais, são os vencedores.
Vemos muito pouco avanço de fato no campo da ética. Muitas vezes usam de religiosidades, quando na verdade estão em busca de poder e dinheiro.
Muitos vivem falando mal dos políticos, mas são iguais aos mesmos e até piores em muitos casos, atuam no anonimato da sociedade no dia a dia, passando a perna e enganando e ainda carregando uma bíblia ou um patuá embaixo dos braços.
O dinheiro, o poder, a aquisição material não são em momento algum negativas ou passivas de condenação, pelo contrário, são resultados do avanço e do progresso (ao menos deveriam ser). Dizemos aqui sobre a forma de adquiri-los.
A forma anti-ética e predatória.
Quando se ganha passando a perna em outras pessoas, não se deixa de ser um ladrão; em nada difere a certos políticos, seja o ladrão que atua em semáforos ou nos carpetes.
Podemos imaginar o exemplo que são para seus filhos (nestes casos); por isso a sociedade está como está.
Glória ao dinheiro, glória ao dinheiro. (esses são os piores)
Uma pena.
Tom Capella
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