Hoje me lembrei de quando criança, aos cinco anos. Do nada em pleno outubro tive vontade de comer ovos de páscoa. Um problemão para minha mãe, pois como poderia ela conseguir um ovo de páscoa em pleno mês de outubro para uma criança de cinco anos?
Mas havia um segredo! Toda época de páscoa lembro-me como se fosse hoje aos 4.3 anos, o pequeno corredor que interligava a sala até a porta de entrada do pequeno apartamento, número 54, iluminado por uma leve luz prateada que na verdade era um reflexo da lua que vinha de fora por uma janela que vivia entreaberta.
Seguindo até a porta na época da páscoa, tentava eu pegar de surpresa o coelho de páscoa que acreditava eu ir ali levar os ovos e deixar nos sapatos que minha mãe com delicadeza lá colocava. Nunca conseguí. Mas ao acordar e chegando lá, os ovos de páscoa estavam levemente colocados nos sapatos pelo coelhinho que já não mais ali estava.
Minha mãe rindo chegava e fazia-se de boba e entrava na onda comigo.
E nesse mês de outubro ela disse-me: - Tomtom, onde vou encontrar o coelho de páscoa em pleno mês de outubro? Eu não queria saber. Queria o meu ovo de páscoa (cinco anos).
Enfim. Como estamos no Brasil.. Rs..
Ao acordar fui até a porta.
O que lá encontrei?
Fiquei meio chateado, mas contente porque compreendi que ele o Coelhinho devia estar muito ocupado fazendo os ovos.
Então aceitei na boa o que tinha no chinelo, nem sapato ele colocou.
"lindas maçãs" dentro de chinelos.
Engraçado que reconheci aqueles chinelos e fiquei encafifado. Imagine um menino de 5 anos encafifado.
Depois fiquei falando uma semana inteira que ele não me deixou na mão.
Então?
O que está esperando? Aprenda que a paciência por vezes é a tua guarida garantida para que você faça de sua vida uma vida melhor. E aprenda a gostar não somente de ovos de páscoa. Mas cultivar as maçãs tão belas na tua vida que muitas vezes você não vê.
Interessante que nunca mais fiz isso depois de adulto, óbvio, mas fiz isso ao acessar um email, procurando maçãs. Encontrei mel. E assim compreendo que no mel da vida a gente nota que vale a pena o caminho que por vezes seguimos, com as responsabilidades que temos com o melhor de nós.
E o melhor de nós. É aquilo que não vemos. Mas que os outros enxergam.
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