O que seria então dos brilhos teus, se dos meus olhos ou de outros, não te observássemos?
O que podes você esperar dos Homens? O que podes você depositar em confiança naqueles que são falhos?
E daqueles que lhe batem as portas todos os dias querendo que lhes ouçam. Mas de você nada querem ouvir?
Ou dos que levantam bandeiras e mais bandeiras, mas nem sequer querem saber das tuas bandeiras?
E nesse sectarismo, nessas vaidades intelectuais, sendo que muitas vezes levam-se anos e anos em cima de conceitos pré-concebidos e rótulos permeados por preconceitos, racismos, diferenças, onde todo aquele que não pensa como nós é banido?
Justamente o que faz que esse dínamo se mova, que essa fábrica de conhecimento avance, são justamente as diferenças.
O respeito pelo conhecimento do outro, por onde ele já conseguiu chegar. O respeito pelas idéias alheias. Enquanto muitos intelectuais, catedráticos, letrados, não saem de suas tumbas solitárias, egoístas, egocêntricas, apenas apontando o dedo para aqueles que ele julga serem inferiores ao que já acumularam em conhecimento. Ou que não pertencem as suas castas que em verdade são como matilhas de cães.
Mas até o cão tem seu valor, porque ele cumpre seu papel de cão na terra, quando muitos homens igualam-se a selvagens disfarçados em seus carpetes ou possantes.
Viva e deixe viver!
Tom Capella
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