domingo, 4 de abril de 2010

O Culto do eu

O individualismo em relação aos novos adventos da tecnologia com sites de relacionamentos, sociais, twiter, tem expressado de tal forma a cultura do eu.

Mas entre todas essas observações que fazemos, temos notado que mesmo em relação as pessoas que realmente tem algo a passar para as outras pessoas, seja no campo das experiências pessoais (e que experiências), exemplificado de tal forma que outros não passem também não por essas experiências, mas outras ou suas próprias inevitáveis,algo que possa de fato melhorar a sociedade como um todo no sentido da elaboração de homens de bem e caráter no sentido do respeito a liberdade do outro, as diferenças sociais, intelectuais, e outras diferenças.

Eliminando aos poucos o preconceito vigente em todas as formas do pensar e expressar. Mas é um trabalho árduo, demorado e longo. Em meio a toda essa cultura do narcisismo, temos notado falsas verdades e uma grande maioria de vitrines focadas para o eu, sem nada passar de fato para os outros ou para a melhoria dessa sociedade ou de nós mesmos.

Narciso da mitologia: A pessoa que enamora a si própria.

Isso também me faz lembrar aos pacientes dos psicanalistas que pagam fortunas para falarem de si próprias. E faço um comparativo por vezes no orkut. Notamos por vezes algumas pessoas que fazem questão de colocar fotos de si mesmas em diversas situações, salvo alguns exceções, mas sozinhas. Em sua relação de amigos, notamos por vezes se mulher, uma relação de entre 90 amigos, 75 homens. Ou vice-versa.

bbbb

No campo dos recados notamos ali a matéria prima da auto-estima sendo estimulada por recados diversos esses que em verdade nada expressam os verdadeiros e mais sinceros pilares dos sentimentos, amizade, fidelidade que o seja, ou fidelidade aos próprios anseios.

Tudo isso em um tempo tão precioso que jogamos fora sem de fato nos preenchermos com o que de melhor possa complementar a sinceridade humana, justamente no campo desses sentimentos, que é a amizade, sinceridade, parceria, companheirismo.

O culto do eu, tem difundido de tal forma que muitos acabam por vezes excluindo seus perfis, no caso em se falando do orkut, e depois retornam novamente com novos grupos.

 

Em alguns casos isso é perfeitamente compreensível até pela sensibilidade e tato de alguns em não sair excluindo e começando um novo grupo, como de outras que utilizam essa base como um divã e como não preenchem os vazios, porque o artificial não complementa mesmo os vazios da alma humana, e acabam sumindo por uns tempos e retornando e fazendo um looping, porque como não aprenderam de fato a lição, continuam esquecendo que muito mais que receber, tem que estar pronto para doar.

E quem doa de si, acaba recebendo do próprio ciclo da vida a segurança e tranqüilidade no que busca.

Somente a esperança, a consciência de que somos de certa forma como as plantas e tudo o que é vivo, (somos de certa forma?) finitos. Morremos. Nosso corpo tem tempo de validade e assim salvo as culturas, crenças, fé, esperança em uma vida além dessa, todos teremos nosso momento de cessão do respiro, do olhar e da vida.

Vivemos por vezes como pequenos deuses, como se fôssemos eternos aqui nesse corpo. (sem religiosidade)

Somos tão frágeis e tão passageiros.

Saia do campo das palavras e parta para a ação. Muitos vivem como sabonetes da éra moderna no campo das palavras, vivem falando que amam, que sentem saudades, que gostam de você, mas nunca dão o primeiro passo, não partem para a ação e evitam sua presença.

Acomodação? Egoísmo?

Amigos escolhemos também. E o campo dos sentimentalismos baratos também em nada preenchem.

Lembre-se o tempo é curto.

Por isso não perca teu tempo com aquilo que não te preenche. Pare de achar que tua vida terminou, e que não tem mais tempo de construir algo e compreenda que muito mais que auto-ajuda, positivismo, o que vale para você (nós) é ação. Atitude e coragem suficiente para mudar o que podemos mudar.

Tom Capella.

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