Temos observado em diversos cantos do país, o ato da malhação do Judas. Hoje com bonecos que representam vários políticos e fugitivos da justiça.
Isto nos faz refletir o quanto há de ignorância neste gesto, nesta necessidade latente de malhar a própria hipocrisia e limitações ou falta de coragem e comodismo em não lutar todos os dias para que a sociedade seja de fato mais justa, para o que interessa aos interesses coletivos de fato.
Um gesto deste totalmente ligado a um dogmatismo e atitude esta que não chega a lugar nenhum, pois não transforma nada, nem a sociedade, nem a melhoria do Homem como ser humano, consciente de sua condição na terra, suas responsabilidades com a sociedade e para com seus próprios.
A grande maioria se trai todos os dias e se vendem, não por 30 moedas, mas por uma.
O Homem sai deste gesto, sempre vazio, sempre sem melhoras, sem novas esperanças e apenas com o instinto de violência dormente como se houvesse ali descarregado toda sua ira contra, pasme, sua própria inércia perante os problemas que o afligem.
Como se políticos fossem os únicos responsáveis por tanta bagunça, quando na verdade somos em cada individualidade um pouco daquilo que jogamos pedra.
O marido que trai, mas não separa, a mulher que mantém as aparências por causa dos filhos, pessoas que não se livram de determinadas situações para não terem que ir a própria luta, propinas em negociações diversas longe dos holofotes dos políticos, indultos de natal que causam perdas de vidas, educação, saúde, lares desajustados, consumidores de drogas, pois se há tráfico, há consumo.
Enfim, algumas pessoas adoram fazer o papel de bobos da corte.
Malhem o judas. Urra, urra, pão e circo, eles gostam.
Tomiello
“Malhem a hipocrisia, o egoísmo, a ignorância, o pior de cada um existente dentro de si mesmo”
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