Em muitos caminhos que percorri, senti por vezes,que muitas pessoas ainda vivem em um mundo vão.
Em seus próprios mundos de avelãs e nas suas mentiras mais sinceras. Vivem dentro de razões inlúcidas e sem a base maior que não o que permeia as frustrações próprias.
Não descobriram que o caminho da libertação é a gratidão, é o vislumbre do lado bom das melhores ações que muitas vezes nos permitem sem que merecêssemos ao menos o dispor do que nos acalenta a alma em determinados deslizes nossos.
Tão difícil por vezes sentir a frieza mais profunda do golpe das palavras mais imprudentes. Deveras assim a humildade orgulhosa que esconde na verdade o permeio do próprio ser no que se solidifica apenas em seu próprio egoísmo.
Mundos em mundos. Universos paralelos em fagulhas e sentimentos que apenas limitam-se nos resquícios sejam dos lençóis ou dos próprios caminhos coloridos por cores vazias.
O que de mim. O que de mim. Senti assim. É a dor da alma. Meus passos deveras não puderam olhar para trás. A libertação. O deixar seguir. O despedir-se. Novas paisagens. A dor. O leve sorriso. A voz. O abraço. O aconchego. O vazio de si mesmo em seus vales.
Sem resquícios. Sem limites. Sem a voz. Sem os abraços. Sem a pontada mais gelada da ingratidão.
A compaixão que não permite o ódio. O rancor. Essa tal. Que perdoa. E permite que a cada um sua própria história. Sua própria experiência na busca de si mesmo.
Vai-te. Segue. Avança assim. Sinta tua própria dor… oh dor. Oh solidão.
O que faço assim desta sonata. Desse perfume que me exala o melhor do que eu possa ser. Mas não aos resquícios.
Olhe, nota o teu céu estrelado. Veja o que podes assim tirar do melhor de você.
Retira o quadro da parede. Arruma tuas malas. Pega teus livros.
Sinta assim, o teu partir.
Não quero mais a voz que machuca. A palavra mais incerta. Não quero mais o vazio na parede dos quadros meus.
Dos quadros que retratavam assim. Tardes minhas.
O que pedes?
Que o sejas.
Assim o que posso fazer por ti. Deveras é no silêncio meu. Na luz serena e azul que me sai da fronte.
Das melhores vibrações que colhi de cada lágrima que derramei em minha vida. Dos sorrisos que perdi nos asfaltos gelados. Nos bares. Nas mesas.
Dos copos vazios. Do melhor de mim. Que renasceu.
Que ressurgiu para que assim pudesse estender-te minhas mãos!
“Oh! E assim das minhas mãos, das gotas do meu suor, dos sofrimentos que passei, para que pudesse assim sentir as gotas essas, que irão tirar-te a sede!”
Segue então. Segue então!
Vejo teu rosto. Sinto teu vazio. Percebo o que queres. Mas de mim nada. Mais nada que eu possa fazer por ti. Poderia apenas manter as feras longe de ti. Para que possa assim comer as migalhas do caminho e sobreviver até teus passos mais serenos. (eu já comi migalhas para sobreviver, migalhas da melancolia)
No que poderia assim. Você compreender, enxergar, a ti mesmo no que de melhor você tem.
Adeus passado!! Obrigado.
Tom Capella.
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