Muitas vezes o que nos desestabiliza não é o presente e sim o passado. Estes sentimentos que nos acompanham por vezes em qualquer cidade (as nossas) que possamos assentar nossas vidas.
Mesmo que por vezes em paisagens desérticas ou defronte ao mar, levamos nossos pensamentos aos tempos mais remotos de nossas vidas, relembrando rostos, diálogos e frações diversas de algo que não resolvemos e deixamos para trás.
Muitas vezes somos nós os protagonistas das próximas campas que por vezes não compreendemos para nós esta realidade.
Os retratos do grande imaginário humano poderá deixá-lo de mãos vazias ou fazer com que suas pernas comecem passo a passo a retirada da campa em vida e a libertação de seus deuses e demônios, em busca da paz no silêncio da simplicidade.
Talvez necessitemos do estopim para que acordemos para as nossas vidas, que nossos olhos possam além de enxergar trafegar por tais vielas humanas, descobrindo em cada detalhe o que nem sabíamos existir.
Reescrevemos nossa história diversas vezes, seja em viagens, em novos questionamentos, em desaprendizados que nos cercearam por anos de nossas vidas, a visão de novas realidades libertadoras.
Quando saírmos do piloto automático de nossas vidas, assumindo de vez o comando que nos é próprio e exercendo a confiança dos próprios riscos que são inerentes a existência em si, poderemos alçar voos maiores.
Observe que na tua casa por mais movimentações que possa ter, somos e seremos de forma inexorável seres solitários. Como estrelas soltas ao céu da vida.
Um simples passar de olhos na história da humanidade, compreendemos que tudo tenta expressar apenas um reflexo do que aconteceu, ou muito próximo da realidade, seja nas biografias, nas narrativas dos acontecimentos ou em tudo o que saiu da mente do homem. Sempre serão reflexos da vida.
Como se nossas vidas fossem vagões que trafegam no tempo e por mais cheios que possam estar, um dia seguem solitários. Basta repensar a casa cheia, os amigos, os domingos, as noites diversas através da vida cotidiana e por vezes o espaço vazio de vidas que já se encerraram pela própria ordem natural do envelhecimento.
Jamais conseguiremos nos isolar do mundo e seus acontecimentos. Não poderemos nos desvencilhar da dor e do amor escolhendo o caminho que almejamos, quando na verdade somos seres de relacionamentos, vivemos para as conquistas, as descobertas, o amor, a dor, a alegria e as tristezas.
Notamos a desvalorização da vida em muitos casos, em que a rotina se faz soberana na cultura do comer, beber, dormir, procriar e esperar o tempo passar, morrer e nem saber porque se viveu.
A depressão, um demônio negro e silencioso que avança de forma gradativa nos lares, em um levante de insatisfação e vazios. Como se tivesse uma força muito grande em gerar vidas sem brilho, em rotinas sem esperanças e alicerçados e com força sem soltar, aos dogmas e um conceito errado do Universo, de um Deus, das crenças, diferenças, preconceitos, racismos, descobertas.
A ignorância tem sido por vezes a grande onda da maior parte da população que segue como gado e pensa que é feliz, porque não são libertos e como não são libertos não sabem o que é de fato a felicidade, ou o conceito de felicidade na liberdade em viver a realidade das coisas. Isso talvez venha a tolher uma dor, talvez a vida em ilusões e mentiras, podem limitar a dor. Ou não.
O tempo decifra muitas coisas para aqueles que passam de fato a enxergar ou se esforçam em sobreviver nos limites da praia, da consistência do ar para se viver e lutam contra seus conceitos, procurando compreender suas origens, suas dificuldades, sua personalidade, o porque são assim, agem assim e pensam assim, defrontando-se com seus voos rasantes nos próprios questionamentos em relação a vida.
Tentamos por vezes compreender o porque dos sofrimentos humanos (nossos), os vazios, os desencontros, a grande violência urbana e o porque nada fazem para que isso diminua, apenas utilizando os discursos perfumados que na verdade escondem interesses econômicos maiores para proteger determinadas oligarquias.
Outros que sempre levantaram as bandeiras da liberdade, da cidadania, iludidos com as cores do poder, da soberba, da vaidade, rejeitaram tudo o que sempre pregaram, utilizando de sua intelectualidade ou não, para desviar o olhar dos menos esclarecidos e exacerbar a delícia do poder, do que advém desse poder, o dinheiro, a vida boa, a estabilidade financeira, enquanto milhões vivem espremidos nos meios de transporte público ou morrem que nem moscas nos faróis.
Notamos a saúde pública, não podemos ficar doentes ou cair nas ruas (Brasil), porque podemos seguir diretamente para os açougues humanos e de lá sairmos em óbito direto para os cemitérios que aguardam milhões. E a vida segue. Os shopping Centers, já não mais tão seguros continuam lotados.
Nossos próprios líderes quando doentes seguem para os hospitais em que o povo jamais poderá estar um dia. Eles são os ilibados e o povo os reverencia.
Instituições diversas pregando a necessidade da negociação com DEUS, o grande gênio da lâmpada (não queremos ofender ninguém aqui), atendendo aos pedidos dos seus pupilos que pedem pão e circo.
Outros que vivem anos e anos em mentiras próprias que não podem mais se desfazer ou não possuem a coragem ou que podem causar destruições maiores.
Vidas duplas nos casamentos, drogas, corrupção, destituição de valores para atingir de qualquer forma o sucesso financeiro, pisando, destruindo, destituindo sonhos e jogando pessoas boas no anonimato e fracassos profissionais, porque a grande maioria dos ambientes corporativos sejam públicos ou privados, são infestados por todo tipo do pior da raça humana, matam e morrem por ossos e infelizes em seus lares trafegam como bruxas ou bruxos levando a maledicência, fofocas e desarmonias.
Talvez de fato um dia a gente aprende.
Quem sabe quando nos tornarmos gente grande de verdade.
Tom Capella
A gente aprende!
O mundo só será feliz se a “gente” cultivar o amor
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