Jogue para mim um pedaço de pão para que eu possa me arrastar e assim alimentar dos meus mais egos.
Jogue para mim a gota sarcástica da tua pior virtude de forma que eu possa assim tentar compreender de que veneno vive o homem.
Quero então dessa mentira mais suave a poesia mais perfeita.
Dos meus trapos caio eu no asfalto singelo das tuas decepções.
Do teu adeus o tempo cortou a esperança que havia no peito ingênuo dos olhos mais brilhantes que das luas se vivia.
E assim no copo vazio sobre a mesa, noto a dor mais profunda sem corte e sem faca, sem sangue e sem lágrima, uma dor seca e ungida.
Dos olhos teus quase angélicos, em momentos de fera tentei fazer-me belo.
Mas dos belos, apenas fui fera.
Mesmo que um dia também já me fiz belo e demasiado no que demasiadamente éra belo.
Desse rebento então sinto o nada, o vazio das esperanças e a sensação mais funesta do adeus.
Tom Capella
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