quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Eu quero pão!

Jogue para mim um pedaço de pão para que eu possa me arrastar e assim alimentar dos meus mais egos.

Jogue para mim  a gota sarcástica da tua pior virtude de forma que eu possa assim tentar compreender de que veneno vive o homem.

Quero então dessa mentira mais suave a poesia mais perfeita.

Dos meus trapos caio eu no asfalto singelo das tuas decepções.

Do teu adeus o tempo cortou a esperança que havia no peito ingênuo dos olhos mais brilhantes que das luas se vivia.

E assim no copo vazio sobre a mesa, noto a dor mais profunda sem corte e sem faca, sem sangue e sem lágrima, uma dor seca e ungida.

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Dos olhos teus quase angélicos, em momentos de fera tentei fazer-me belo.

Mas dos belos, apenas fui fera.

Mesmo que um dia também já me fiz belo e demasiado no que demasiadamente éra belo.

Desse rebento então sinto o nada, o vazio das esperanças e a sensação mais funesta do adeus.

Tom Capella

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