Falam tanto de violência.Notamos por vezes que as coisas parecem que não terão soluções. Que os problemas sociais aumentam e os discursos substituem ações.
Coonestam e assim vão levando.
O consumo desenfreado, as quadrilhas urbanas nos faróis, os ladrões solitários nas calçadas (e que matam), os morros, os hospitais, a educação, as periferias e o descontrole da natalidade, fora os alcoólatras de sarjeta e os alcoólatras de carpete.
Alguns despostas em família. Outros vivem vida dupla. Outros apenas buscando cada vez mais milhões e milhões sem preocupar-se com a forma em que adquirem esses recursos.
Lembrei-me do dia em que saí e em horas encontrei-me jogado no chão em meio a uma tamanha violência. As vozes do mata, mata. A dor moral e as pernas sem forças para levantar-se após uma intensa luta de sangue e resistência.
Notei o quanto somos nada. Somos fracos e egoístas. Tive um par de tênis roubado. Fora que fiquei horas e horas nas mãos desses seres.
Acredito que na vida não tenha sangrado tanto e apanhado tanto como naquelas horas. O ódio era tão intenso e o desespero em tirar não somente do que poderia eu ter em termos materiais, mas queriam levar minha alma, meus sonhos, esperanças e crenças.
Mas passou.
Hoje isso continua a acontecer e a pouco vimos que um outro não teve a mesma sorte que eu tive e olhe que também reagi.
Se é sorte ou não. Nunca mais somos os mesmos. Nunca mais vivemos como antes.
Mas se morto em vida. Vivemos hoje o momento. Vivemos as pequenas alegrias e damos muito mais valor nas pessoas. As que realmente mereçam.
Assim seguimos, nessa jornada de transformações e busca do que de melhor possamos ter perdido na vida, no meu caso, não perdi a esperança na vida, não perdi a poesia em observar o mar e o que de melhor um ser humano possa apresentar na minha frente.
Afinal de contas os olhos da alma, ainda enxergam e bem.
Tom Capella
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