sábado, 26 de junho de 2010

Doces anônimos, nós vos esperamos

“E nós aqui vos procuramos”

Naquela tarde de domingo, notei a luz amarela e o corredor escuro que dava acesso aos pequenos quartos.
Ao adentrar tais quartos notamos por sobre a cama pessoas idosas e doentes, quase sem movimento mas arrumadas e perfumadas para receber os visitantes de domingo.

Um cheiro que se misturava a urina com um perfume de terceira categoria, esse talvez uma lembrança deixada por algum visitante, mas que era para aquela idosa o que mais de precioso havia ali em relação à elevação de sua vaidade e estar assim preparada para os visitantes.

O sorriso, o abraço anônimo mas carente e imediatamente a frase de que estava ali, mas seu filho ou sua filha estava para vir buscá-la. O que após breve verificação notamos que foram deixados ali há anos atrás (deixados pra trás), sem qualquer registro de visita.

Imediatamente ao sentarmos ao seu lado, caso houvesse uma cadeira, começávamos a ouvir histórias de épocas passadas misturadas com lucidez, lembranças e fantasias.

É como se o tempo naquela tarde de domingo parasse. Como se ouvindo aquelas vozes, observando a tristeza que passava a arquitetura do lugar semi-abandonado e sem reformas, com as paredes pintadas há anos com cores já sem brilho.

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Um pequeno guarda roupa no canto do quarto e outra cama por vezes vazia e retalhos por cima.
A luz de tão amarelada nos exigia o esforço do olhar, visto que pela janela mesmo com a tarde iluminada, não conseguíamos receber a luz em alguns quartos pois havia uma proteção contra insetos e já em estado de sujeira e fixada no batente de qualquer jeito.
Como se ali houvesse apenas a última fronteira onde o ser humano possa chegar. Onde a poesia acaba. A música dá seu último tom. O vibrato não alcança. A lágrima já não mais se faz presente de tão seca. O silêncio. A morte.
O que faz você de seus idosos? De seus velhos camaradas? Daquelas que muitas vezes lhe deixaram a segurança financeira que possues hoje ou que perderam madrugadas para cuidar de você.
Ou que enquanto você não chegava não parava de ir até a janela para lhe esperar. Seu hipócrita que abandona seus velhos camaradas?

E que vivem abandonados e sabotados em lugares assim, que mesmo que em sua consciência amparados que o fosse pelo dinheiro, o cheiro forte de urina mas o descaso das visitas, lhe consomem de vez os últimos anos e dias na vida?

O que será de nós que abandonamos nossos idosos a própria sorte?
Para isso temos o tempo. Este que é incansável. Inatingível e que chega. Em seu silêncio mortal. Mas que nos permite a vida enquanto nos possa.

E assim, naquela tarde ao sair daquele lugar, ao entrar em meu carro, olhei no retrovisor e notei ainda alguns pequenos sorrisos na varanda, daqueles que ainda conseguem se arrastar ou andar por si mesmo, com seus pequenos gestos nos dizer:
- Voltem, voltem logo, vamos ficar esperando.

Tom Capella

Vos que nos esperam, sempre até vos voltaremos.


"Nós que aqui estamos! Por vós esperamos! "

 

"Os que nunca vivem o momento presente são os que não
vivem nunca — e o que dizer de você?", escreve o poeta dinamarquês
Piet Hein, num de seus poemas. O pintor e escritor finlandês Henrik
Tikkanen expressa uma idéia semelhante na seguinte máxima, ou
aforismo, que nos dá o que pensar: "A vida começa quando
descobrimos que estamos vivos".  ( O Livro das Religiões)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Vanitas vanitatum,omnia vanitatum (eclesiástes)

 

“Vaidade das vaidades, tudo é vaidade”

Segundo o Dicionário Analógico da Língua Portuguesa de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo, esgotado desde 194, “vaidade” tem 71 substantivos afins, incluindo “ânsia incontidade despertar a aadmiração “parlapatonice”, “pretensão”, “memegalomania “egoísmo” e “narcisismo”. (Leia mais em Vida Simples,Ed.44)

Essa nova geração em que vivem horas e horas nos resquícios ilusórios dos sites de relacionamento, myspace, orkut, facebook, fora as madrugadas inteiras a procura do nunca te vi sempre te amei, nos MSNs, mostra um mundo virtual e existente que de certa forma envolve e muito as emoções humanas.

Pessoas tornam-se avatares instituindo personagens que gostariam de ter sido enquanto suas vidas aconteciam. Outros tentam reviver o passado, colocando imagens antigas ou expressando seus sonhos e tudo aquilo que sempre quis fazer e ser na vida mas não pode devido à dinâmica da própria vida individual ou por problemas e decisões pessoais.

Mas em tudo isso notamos a gestão do Eu. Como se tudo isso fosse uma grande vitrine virtual. E as pessoas colocam-se de acordo com o que querem mostrar em suas próprias vitrines.

Em grande parte o egoísmo e a vaidade, são sempre as pertinentes. Em outras o simples gesto de procurar amigos, um companheiro ou companheira, o que lhes expõe de forma cruel nas escuridões do mundo cibernético. Face às máscaras.

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Mas acaba acontecendo um fenômeno que torna robotizando a grande maioria das pessoas que vivem conectadas horas e horas, alguns durante o dia em seu trabalho, outros pelas madrugadas. E não se vive a vida.

Não se enxerga a nitidez maior do dia a dia essa que buscamos nos monitores de lcd com maior nitidez justamente para como um looping ver com naturalidade maior o que já vemos se tirarmos os olhos dos monitores.

É o homem querendo reconstruir a vida, o homem através da tecnologia. Sendo que muito em breve teremos encontro de amigos somente através de conexões banda larga.

E é justamente o toque, a camaradagem de sentarmos na frente do mar e observarmos o que em breve não mais teremos se continuarem as ressacas.

Talvez um dia o homem consiga compreender e trafegar entre esses dois universos. Em uma composição respeitosa de que tudo isso do campo da artificialidade só possa existir para que nós possamos nessa evolução, progresso, tornarmo-nos seres melhores e reconstruir gradativamente um mundo maior para se viver.

Com mais justiça, respeito ao próximo e acima de tudo a nossa constante busca pela espiritualidade e com o olhar acima do chão, para o mistério do universo e tudo o que advém dele.

Pois não se esqueça, nosso planeta é como um rancho levitando nesse cosmos.

Tom Capella

quinta-feira, 24 de junho de 2010

E tudo aquilo que éra

 

Notamos muitas pessoas que em suas estradas. Que são suas. Próprias. Acabam deparando-se com grandes decepções. Um dia já ouvimos a mesma frase que deteríamos uma das maiores decepções. E elas vieram.

E quem nunca enfrentou das decepções com pessoas que havíamos antes depositado todos nossos valores. As nossas maiores bases da fidelidade, da lealdade e da ombridade em amizades que em verdade não expressavam o que no mínimo poderíamos esperar de um bom homem.

Destas vezes sentimo-nos como palhaços. Por vezes muitos agem de uma forma, mas pensam de outra e lhe entregam pacotes que você jamais poderia esperar ao menos destes entregadores.

A farsa torna-se tão natural. E sentimos muito pelos humildes (os sinceros).

Por aqueles que tivemos a oportunidade em perceber os olhos puros olhando para as estrelas, sem cores, sem poemas vazios.

Não permita que ladrões de sonhos lhe tirem os brilhos dos teus olhos. O mesmo brilho que por vezes você observa nos olhos dos teus filhos.

Tenho preferência em ficar no portão. Como guardião desses encantos. Encantados.

Destes olhos puros e pertinentes a candura do ser.

Alguns perdem a razão por coisas tão pequenas. E que das razões mais belas são aquelas no campo da lealdade. Outros julgam sem saber. A estes apenas o desprezo.

E quando de nós permitimos que nos roubem dos nossos perfumes, daqueles que sentimos nos melhores sonhos.

Por vezes vou até aquela mesa. Aquela ali.

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Venha até aqui. Senta e compartilha da minha mesa.

Toma da minha água.

Receba um pouco dos meus sonhos, a vida não conseguiu levar todos. Ainda temos aqui alguns um tanto quanto coloridos mas verdadeiros.

 

Queremos-lhe um imenso bem.

Sinta de nossa amizade e de nosso carinho.

Vem aqui e me dê um abraço.

Tom Capella

Os fachadas

O que mais temos visto no dia a dia são os “fachadas”, os pequenos heróis.

Aqueles que representam as verdades. Os escolhidos. Os grandes líderes de multidões. Aqueles que representam a divindade.

(sabemos que existem pessoas e instituições sérias seja em que denominação for, mas sabemos também que em muita parte Jesus passa longe)

Os “fachadas”.

O que vale não é aquilo que você vive pregando para os outros e não o faz em sua própria vida. Não são das demagogias e farsas. Pode enganar muitos desavisados. Desprovidos de esclarecimento e por vezes gados marcados.

Deus não é guardador de carro. Nem toca serenata em sua casa. Agimos como se nós tivéssemos um gênio da lâmpada para satisfazer nossos desejos mesquinhos, vãos e horríveis.

Deve haver transformação de caráter. Atitude. Postura. Agir como falamos. 

As bandeiras dos farsantes continuam tremulando. Os donos da verdade. E quando observamos agem pior que os ateus que perseguem. Porque por vezes muitos ateus são homens de bem, de caráter e agem dentro dos príncipios.

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Você de fato é o que pensa. E do que faz desses pensamentos. De como age. Como se protege para que não adentre em sua mente e coração o veneno das serpentes humanas.

Acorda e segue em frente. Procura ser justo. Isso já basta.

“Aos fachadas as faixas”.

Tom Capella

Auto-sabotagem

 

Quantas vezes em sua vida você se sabotou?

Mesmo que por ingenuidade ou até por algum momento de crise.

A condição de auto-realização por vezes não caminha com as conquistas do dinheiro prestígio e do poder.

É o tudo ou nada. Sucesso para a grande maioria é ter dinheiro no banco e poder.

Tem tornado-se comum, nos defrontarmos com pessoas já abastadas por essas condições mas agindo com a maturidade de uma criança e em eternas depressões e vazios imensos. Uma insatisfação que lhe pilha diariamente e os destroem.

Inseguras. Egoístas. Déspotas morais muitas vezes. Sem qualquer sentimento de justiça ou auto-respeito seja por si mesmo e pelos outros. Como se pudessem comprar a tudo e todos com esse poder passageiro.

Além de viverem vidas vazias, tornam vazias outras vidas. (quando essas o permitem)

Por isso viva a vida. Aprenda a respirar, não deixe para fazer isso no final. Analise mais as coisas de forma a conseguir observar a realidade.

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Desenvolva sua capacidade de leitura de pessoas.

Saiba o que não quer, busque o que quer, mas não dependa de quem não te quer ou chore por alguém que nem lembre que você exista.

Lealdade é irmã da fidelidade, seja em todos os campos do relacionamentos, não permita algo contrário apenas para suprir algum tipo de solidão ou necessidade em ser aceito em grupo ou por pessoas.

E exija de quem lhe compartilha a vida lealdade e verdade ou “troque”.

Tom Capella

terça-feira, 22 de junho de 2010

Vales maternos

 

O que te dissimula. O que lhe faz desarmar o circo dos teus encantos. O que lhe faz sentir o coração palpitar nas melancolias tuas. Nestas distâncias que já eternas se tornaram. E dos teus vazios e dos teus próprios eternos.

Estes teus eternos.

O que te bole por dentro e lhe faz confessar a tua mais profunda sensibilidade, aquilo que lhe toca por demais o teu vibrato interior sem sentir. Sem nada.

Sinta por vezes a sonata mais bela e silenciosa que lhe toca a alma. E dos teus sorrisos que já partiram.

Dos teus mais belos abraços que lhe disseram adeus. E das tardes de domingos que não mais voltarão.

O que lhe queima por dentro e lhe agita assim os palcos teus. Do teu grito mais oculto.

Que é isso que lhe faz abaixar-se. Que é isso que lhe faz curvar-se.

 

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Esta aguardente que lhe cai no rosto. O que é isso que não lhe alivia. Nem mágica nem o joelho nem a calçada sem cansaço das coisas. O que lhe corta ao meio?

 

 

E assim se de duas partes tuas. Se de teu polo e de teu norte. Se do norte queimou-se.

Se de teus polos caiu-se assim as tuas esperanças. Os teus olhos ainda pequeninos.

Das tuas mãos serenas. Do teu sorriso vazio e das estradas tuas.

São tuas, elas.

Por vezes sem mar. Sem estrelas. Sem sorrisos. Só lembranças já vazias e sem o abraço mais sereno.

Tom Capella

Que rei ou rainha é você

Muitas vezes a própria cura para os diversos males que afligem a vida estão nas próprias dores individuais que cada ser enfrenta. A cura está por vezes no próprio veneno. Na própria dor. Até para o que não tem mais solução já está solucionado. Não tem solução.
Então nesse gráfico da vida é possível que cada ser auto-avalie a própria condição e comece através da força individual da resistência em buscar o antídoto para a própria salvação em relação a melancolias, insatisfações, situações e pessoas que não quer mais para sua vida, para seu convívio.
Você pode amar muitas pessoas, mas não é obrigado a amar o defeito dessas pessoas.
Seguir um caminho inverso em buscar saber o que não quer mais para sua vida. O que não quer mais conviver. Com quem conviver. Situações em que não quer mais ser tratado como tal. Sair dos arquétipos que não representam seu espírito. Sua leveza ou própria falha e buscar novos ares.
Se sabe o que não quer, terá mais chances em saber e buscar o que quer. Só sabemos o valor da paz quando a perdemos. Como comparar o sal e açúcar.
Tudo gera uma ação e reação. Se bons e maus jogarem-se de um abismo o estrago estará feito.
Se teu marido não lhe valoriza. Largue-o. Se tua mulher não lhe valoriza. Largue-a.
Fácil?
Não. Mas se quer então viver uma vida encapsulada e de mentiras. Viva-a. Ela é tua.
A vida. Mas nunca se esqueça que 70,80 anos passam e a campa nos aguarda.
Acredite. Existem pessoas que não irão mudar.
Bom pensamento e auto-ajuda de nada servem se não houver ação. Mudanças e o preço que se está pronto para pagar por tais mudanças.
Não teremos todos os abraços. Nem todos os telefonemas. E nem sempre seremos queridos e aceitos em todos os lugares.
O MSN de muitos que o diga. (salvo alguns casos não é?)
Pare de ser joguete nas mãos dos outros. Se ame e crie vergonha na cara. Se respeite e exija respeito seja de quem for. Do rei. Dos amigos do rei. Dos amigos dos amigos do rei.
No teu universo. Na tua vida e individualidade quem é teu rei ou rainha é você mesmo.
Confio em você e sei que consegue.
Tom Capella

O que te afeta

Bem aventurados os que choram, porque serão consolados. (Mateus 5:5)

A grande maioria das pessoas se depara com um ou senão com todos os grandes males que sempre afligiram os seres humanos. A saudade. A dor. A angústia. A ansiedade. A melancolia. As dúvidas sobre a existência. Os vazios. Os medos. Os arrependimentos.

Temos observado o homem como se uma colcha de retalhos por vezes costurado, entre outras ainda (e sempre) incompleto.

Outros realizados no âmbito profissional, das conquistas materiais ou do que advém dela, mas ainda vazios no campo dos sentimentos. Outros ainda em seus vazios voltam-se para a busca da espiritualidade. Do seu existir. Do que busca e das dores e o porque dessas dores.

Temos também o grande dragão do século, “a depressão”.

Outras procuram nas ilusões do dia a dia paliativos para que não enfrentem de fato seus verdadeiros problemas e monstros pessoais que muitas vezes estão impregnados nos seus afetos, como metástases espalhadas nos diversos campos do relacionamento, onde exigiria uma grande força, coragem para as mudanças necessárias. Sem obviamente deixar de ter grandes perdas. Mas as vezes são necessárias para a reconstrução o recomeço.

As vezes é necessário morrer em vida para renascer em vida.

Notamos muitas vezes nos bares pessoas entram cabisbaixas e em minutos após a primeira dose, estão rindo alto, soltam-se nos diálogos, mas no dia seguinte novamente estão as voltas com as próprias decepções, vazios.

Essa paz, essa tranquilidade necessária se faz somente através dessas marcas que deixamos no fórum íntimo das impressões da vida e suas experiências e o que fazemos dessas experiências, não permitindo a desistência. A queda.

Se cai. Levanta. Se cai. Levanta. Muda daqui para ali. Joga a poeira longe. Molha o rosto. E segue em frente. Não há outra saída. A saída sempre será pela saída. Larga ou estreita.

Tudo o que vem fácil. Fácil vai.

Tom Capella

Pense

Reiteramos que o Universos não agrada à muitos.

E nem é essa a pretensão. Em um mundo em que todas as culturas já estão catalogadas. Os prêmios sempre seguem para os mesmos. Em que a grande população é controlada e marcada como gado para satisfazer o poder de certos grupos (os donos do mundo) e as grandes oligarquias.

Onde todos os livros de poesias já foram escritos. Os pensadores já estão todos com seus espaços ocupados.

As televisões abertas com sua prestimosa colaboração para a manipulação das massas e retrocessos culturais e morais.

Passam domingos inteiros discutindo a filosofia do, você viu a cantora tal se separou, na sequência segue uma longa matéria sobre tão importantíssimo assunto.

Somos obrigados a acessar a internet e a primeira chamada é sobre o grande cantor (de araque) que foi visto abraçado com a aproveitadora de plantão.

O restante é submundo. Aliás falar da falta de ética, das demagogias, hipocrisias e tudo o que expressa a má índole disfarçada de bandeiras da moral, ferem.

Ferem mesmo ou a verdade machuca?

Quem vive de firulas, o Universos não é o lugar dessas pessoas.

Resposta à alguma crítica? Comentário?

Não.

Resposta a tudo o que estamos vendo na mídia e no dia a dia?

Sim.

Nunca vimos tanta selvageria e no que o ser humano está se transformando.

Tudo pelo dinheiro, vamos lá.

Eu ainda confio e acredito e não sou um idealista. Sou realista. Nós não veremos mas tenho certeza que se o planeta sobreviver, teremos ainda uma sociedade mais justa, um ser humano melhor do que este que estamos nos acostumando a ver.

E não adianta falar mal dos políticos, a grande maioria das pessoas age igual ou pior no dia a dia, em sua relação com a sociedade, como se postulam nos meios profissionais, a fidelidade, lealdade que agem com suas famílias. Ou isso não conta?

As vezes sentimo-nos otários.

Temos estado na contramão das coisas.

Mas continuaremos.

Tom Capella

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Adeus, Saramago

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Sem palavras.

Vou chamar a música para você!


E dos meus silêncios noturnos! Da janela taciturna notei a avenida vazia! Das luzes quase que apagadas e a solidão que nem mais sentia. E do meu rosto gelado. Das mãos perdidas por sobre o parapeito.


E assim senti o próprio vazio da alma. E tudo aquilo que me havia referência tornara-se apenas um beco. E dos becos meus senti meus abismos, meus guetos e meus quebrantes.

E do que me pedes. Do que me tiras. Do que me cansas. Eram apenas os ecos. O desencanto da decepção no fim da rua. Mas isso não nos diz. Isso nos desacata.


Dessas noites geladas. Das calçadas solitárias. Do anônimo noturno em seus cambaleios. E tudo isso que me perturba o sono.


Dos diversos personagens meus, o que mais me perseguiu, que insistiu, foi aquele que me dizia: – Espere, que após o plenílúnio a aurora virá.

“E ele conseguiu”

Tom Capella


paulista

Personagens, onde você se encaixa?

Personagens.

Cada um com seu perfil. E com sua importância na cadeia das organizações pessoais ou interpessoais.

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O vaidoso. O rancoroso. O boa praça perigoso. O verdadeiro e humilde. O pobre sensato. O rico pobre. O pobre orgulhoso. O pobre mentiroso. O mentiroso bom. O arrogante. O frio. O calculista. O sentimentalista. O idealista. O agnóstico. O ateu. O esperançoso. O ganancioso. O esperto burro. O burro menos burro. O sábio. O tolerante. O justo. O homem integral.A mulher integral.A carente. A solitária. A sem amor. A vítima. A abandonada. O ninguém me ama.O coitadinho. O revoltado. O desolado. O campeão.O farsante. O enganador. O boa lábia. O populista.O comunicador. O que engana. O enganado. O me engana que eu gosto.Tem até o danado. A danada. O ridicularizado. A que gosta de sofrer. O sofredor.O torcedor. O moralista. O falso moralista. O que tem moral. Tem o zé, o Tom Zé o Zé Carioca e até o Zé Ketti. Mas tem o também o Zé Mané. Mas este ninguém quer ser mesmo o sendo por vezes,e revivendo a experiência. A amada amante. A mandante. A querida e tem até a louca. Mas tem também a garoa. Há essa garoa essa cai a toa. Que turma da boa. Há tem até a boa. Mas que coisa eu vivo a toa. Tem até cara e tem coroa.

Mas o mais importante de tudo isso, não é o personagem que você pensa que é, mas o personagem que você se torna quando procura ser sempre uma pessoa melhor.

Tom Capella

A tua palavra e o teu ato

Você realmente sabe se comunicar?

Ou apenas conduz sua vida e rotina de forma a passar o tempo ou cumprir seus deveres de forma mecânica, sem importar-se de fato com as consequências de seus atos e de sua postura, ou ao menos proteger-se quando necessário se faz em relação ao fogo cruzado que são as vaidades humanas?

Possue as ferramentas necessárias por vezes para que transforme o resultado das coisas, sem simplesmente permitir que a vida lhe leve, que as pessoas e situações lhe transformem em joguetes.

Jogue limpo sempre que possa sem nada temer. Analise sempre a situação das coisas de uma forma sensata e não conte com a sorte ou no jogo do escuro, na roleta russa da vida e da má índole de muitos que você pensa que são seus amigos ou que agem na ética, na mesma ética que você age, e acaba virando suas costas e vira alvo.

Enquanto você reclama do seu passado, ou por vezes se coloca como vítima da vida, analise até onde você deixou que tudo seguisse o próprio rumo? Quando muitas vezes você teve a oportunidade em mudar o rumo e não o fez por interesses outros ou por acomodação.

Não reclame. Recomece novamente e analise sempre que possa a tua postura em relação à vida. As tuas crenças, a tua cultura e ao teu grupo de relacionamento. Se realmente você faz para que tua vida mude e consequentemente a vida dos que lhe rodeiam e dependam de suas mudanças ou de seus exemplos ou do resultado do seu trabalho.

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O mal do século é a depressão. Sendo que o homem tem buscado o preenchimento dos seus vazios nos objetos, nas ilusões, nas conquistas que na verdade são empréstimos, porque se analisar um castelo de 4 mil anos, se de sua propriedade, na verdade você não é proprietário, pensa que é. Você é hóspede.

Nós somos hóspedes. E ainda não compreendemos isso.

O valor das coisas somente tem valor (positivo) se realmente forem utilizados não somente para o bem da individualidade e sim da coletividade. Dos princípios que permitem que essa coletividade viva em harmonia.

O homem é um sectário por natureza. Tudo que não condiz com aquilo que ele acredita, com sua fé, com sua metodologia de vida que por vezes são apenas dogmas criados por ele ou por algum antepassado, ele persegue vorazmente e destrói.

Muitas vezes vive nas estradas selvagens da poeira e da perdição nas conquistas vazias e como predador avança sem questionar a ética, o princípio e o respeito ao próximo e pilha sem mesmo ter a necessidade do alimento apenas para satisfazer suas vaidades e a soberba do poder.

Quando em queda, quando em desgraça, ajoelha-se e converte-se comumente ao Cristianismo, passando então de perseguidor a perseguido, a vítima, e assume uma postura de humildade como se fizesse uma composição com a renúncia e a renovação interior e passa assim a ditar verdades que não lhe tocaram em muitas vezes o coração.

Ao subirem novamente ao pedestal, tornam-se feras novamente. Mas feras piores do que eram porque agora escondem-se sobre as égides do Evangelho mas não aplicam. Não sentem e não se renovam de fato para a Boa Nova.

São esses os sepulcros caiados. São esses que dizem Senhor, Senhor.

Desenvolva sempre que possa a tua realidade e lucidez em enxergar os fatos como são, e a ler pessoas. Leia pessoas. Desenvolva isso e sempre leia a si mesmo de forma que não saia do rumo.

O que é certo o que é justo, nem sempre lhe dará os louros da vitória ou lhe permitirá que suba aos palcos das conquistas terrenas e grite: Somos os Novos Imperadores.

Por vezes seguirá como fraco, como perdedor, mas tua base será inabalável. Tua soberania em relação às trevas que circundam as mentes humanas será como a água que limpa o mal. Que conduz na sua corrente a magnanimidade de Deus em você.

Em épocas em que a Lei de Talião, prevalecia, tivemos a apreciação e exemplificação de Jesus ( O Nazareno), que enfrentou os grandes, os poderosos apenas com o exemplo e a palavra que sobreviveu através dos milênios como se a ensinar selvagens a conviver, como um código de conduta moral que nos permitiu abranger nossa observação em relação ao mundo e nossa integração com esse mundo.

O universo, as belezas naturais, a sensibilidade, a misericórdia, a justiça, o amor.

Caberá sempre a cada um de nós, no fórum íntimo da consciência compreendermos que devemos combater sempre o preconceito, seja religioso, o racismo, a crítica feroz que destrói pelo simples fato de outros não pensarem como nós.

Não é somente religião é postura, ela não é o opium como se propaga. Ela pode ser o teu remédio.

Em verdade tenha caráter. Seja de fato uma pessoa sensata e justa.

Isso é para poucos.

Tom Capella

A tua estrada

Quando você encontra alguém com lucidez. Realista. Justo. Sensato, você por vezes pode assustar-se. Achar que teve algum encontro com alguma coisa mística. Diferente, grandiosa.

São tantos movimentos escusos.

Tantas tramas na ausência. Mentiras e observações que se tornam verdades e acabam transformando a vida de muitos, redirecionando-as por vezes dos seus caminhos.

Ai daqueles que vivem como cobras nas sombras, fantasiados de personagens corretos mas que em verdade são como sepulcros caiados.

Aquele que muito quer aparecer, que denota o que não é, é fraco.

O que nos vale são as rochas. A realidade das coisas em vivenciá-las como realmente são. Em enxergá-las como realmente são. Conscientes dos riscos e da certeza do chão conquistado e do sentir de nossos pés por sobre ele, através da certeza que embaixo é rocha.

A grande maioria procura a ilusão, a fantasia e as imagens.

Quando suas palavras expressam seus atos e seus atos expressam as palavras, tornando-se apenas uma unidade, você estará de fato exercendo a sua soberania em entender, compreender de fato a própria condição humana na terra.

A nossa interatividade em relação ao mundo que nos rodeia e seus anseios, suas conquistas, a história da humanidade, a compreensão e respeito as diferenças, as crenças, mas a reverência verdadeira aos homens de escol.

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Aqueles que realmente são justos, que sabem o momento de combater, o momento de recuar ou de renunciar para que outros possam crescer, passar, avançar.

Sem assim perder o brilho, o valor e sua própria história.

Escreva sua história mas não subestime a história de muitos e principalmente a história que por vezes nunca saberá de muitos que se colocam em último lugar da fila, os mestres de fato, mas que não necessitam de soberba e permitem que muitos brilhem nos palcos das ilusões, quando em verdade a rocha, o chão firme está mesmo ali com eles e não nesses palcos vazios da soberba.

Pois a cada um sua história. Sua experiência e seu próprio encontro na estrada de Damasco.

Paulo, Paulo por que me persegues?
Quem és tu Senhor?
Paulo, Paulo por que não me segues?
Quem és tu Senhor?

Tom Capella

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A vida vai antecipar

Muitas vezes é necessário que você antecipe algumas coisas da sua vida, antes que a própria vida as antecipe para você pela própria ordem natural dos fatos e da dinâmica em que seguem tais situações.

O tempo é a maior referência que podemos ter em relação às mudanças, transformações e lapidação das coisas. Notamos as transformações do tempo através dos movimentos externos.

Quando não há, começamos a perceber através do mecanismo do próprio corpo através das pulsações e dos demais fenômenos.

Somos como um objeto e temos curto tempo de vida em relação às centenas de anos e milênios que já se passaram e também foram presentes para muitos do passado.

Nós somos ontem. E vivemos perdendo nosso tempo com situações que sempre tomarão seu próprio rumo uma hora. Um dia. Um momento. Seja no campo da dor ou seja no campo do amor ou da indiferença em relação às rotinas da própria vida.

Poucas pessoas são de fato fieis e firmes quando relacionam-se com você seja no campo da amizade, campo profissional ou não. Que são de fato rochas. Lúcidas e não transformam o que ouvem em uma linha sem fim de conversas vazias e sempre em sua ausência.

Ou somente lhe procuram quando há algum interesse. (o delas)

Acredite. Julgam-lhe mais pelas aparências do que por suas ideias. E principalmente se não está no campo de riqueza cultural que já possam ter atingido ou nos guetos sociais sejam das altas elites ou das mais baixas ladeiras da própria vida, sempre irão lhe analisar. E você está preocupado com isso?

Nem tudo o que se apresenta para você é de fato a realidade.

Existem muitos mais mistérios aqui mesmo na terra dos homens tupiniquins do que nossa filosofia não tão vã as vezes possa transparecer.

As pessoas representam muito mais do que imaginas e poucos dizem de fato frente a frente o que realmente pensam sobre você.

Por isso não perca tempo. Não esteja nem aí se gostam ou não de você. Mas não seja mal ou má educada. Matenha a fineza.

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Pois até para viver, cair ou levantar-se, tem que ser com classe. Educação e lisura não é?

Mas quando bater. Bata com força e não permita, se quer o tilintar das moedas da hipocrisia  tocarem-lhe o rosto da tua melhor virtude.

O que quero dizer é que o mundo está cheio de pessoas com boas intenções, bonzinhos de plantão, mas sem exemplo prático. Boa conduta. Postura no princípio maior do não faça para ninguém o que você não gostaria que lhe façam.

Pise com força no chão da vida e siga em frente no caminho do certo, do justo, do correto.

Senão tudo vira balela.

Mas tem gente que gosta de viver de balelas. Por isso vivem infelizes.

Tom Capella

“Ainda sou daqueles que se baseiam no Evangelho de Jesus”.

O que te sustenta

A leveza sustentável do ser está na proporção em que nos libertamos gradativamente de todo o peso extra que nos impede o avanço rumo ao que mais almejamos para nós em relação às conquistas que nos propomos a fazer.

Cada frase. Cada palavra aqui constituída nasceu de algum tipo de insistência, sofrimento por vezes, desesperanças e decepção com muitas pessoas, situações e fatos.

Sendo que em cada bloco de palavras, estabeleceu-se a força, a rocha, a pedra de sustentação de um caráter, um princípio e uma personalidade invendável, incorruptível e soberana em cada passo na busca dos verdadeiros ideais humanos que constituem de fato a paz de um homem.

E essa paz, quando é requerida no campo da mediocridade, do materialismo, da avareza, da mentira, da ilusão, terá como resultado a podridão, a mente perturbada e a sensação de perseguição por melancolias que não se acabam mais.

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Muitas pessoas vivem com uma venda nos olhos. E não temos piedade, porque essas vendas advém do egoísmo, da falsidade, da infidelidade com elas mesmas, das deslealdades no campo dos sentimentos seja na família, na relação a dois ou com os próprios filhos.

Sempre podemos buscar essa leveza quando nos libertamos dos fantasmas da mentira, do pré-julgamento sem de fato termos conhecimento ou buscarmos o conhecimento verdadeiro sobre os fatos.

Cada palavra aqui é constituída de uma plena convicção de que sempre podemos recomeçar cada momento de nossas vidas, quando nos propusermos de fato a renunciar, abrir mão e pagar o preço de certas coisas, para que possamos avançar e vivermos momentos de felicidades, únicos.

Não se matam ideias. Não se matam ideais.

Tom Capella

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Prudência sempre, rejeite 9 verdades mas não aceite uma mentira

Sempre o que é postado no Universos é para um maior entendimento e prudência em relação à vida.

Temos notado que a questão do hediondo seja no campo da violência do que muitas pessoas são capazes de fazer as outras. Seja no campo dos relacionamentos, amizades, negócios e a falta de amor, carinho e sensibilidade em relação à vida humana.

Alguns não podem ser comparados a animais e nem a selvagens, pois possuem o discernimento e consciência do que fazem (ao contrário dos selvagens que não possuem discernimento).

Mas comparados a monstros que deveriam em caso de violência, serem trancafiados para a vida toda, pois não possuem regeneração.

A própria mídia hoje nos mostra um cenário de desencontros, pessoas sonhadoras que se tornaram alvo de seres de má índole que não se sabe como acabaram fazendo parte de suas vidas pessoais com finais trágicos causando a perda da vida e levando dores também para os familiares que ficam.

Tem que tomar cuidado nos envolvimentos, sites de relacionamentos, imagem, imagem engana e muito. Conquistas fáceis. Pessoas sorridentes mas que não mostram o que tem no coração.

Tá dado o recado.

Cuidado as vezes o que não presta está muito próximo de nós. Por vezes melhor estar sozinho mas em segurança, seja no campo mental, físico e principalmente na sua esfera individual que lhe é própria e lhe assiste.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Alfabetize-se

Você descobre no decorrer de sua vida em que situações quer entrar ou não. Por vezes temos vontade de dizer para determinadas pessoas o quanto já as lemos.

O quanto já sabemos do que advém da má índole ou das más intenções ou dos passos que elas pensam em dar, mas compreendemos que o melhor a fazer é afastar-se evitando ao máximo o confronto moral ou das palavras.

Entregar cada um a sua própria experiência, aprendizado e suas demagogias interiores nas histórias que contam para eles próprios e vítimas eternas das decepções com as pessoas e com a vida.

Quando na verdade são elas mesmas em sua maioria as responsáveis por seus desencontros e vítimas sim do próprio egoísmo humano.

Pensam que não sabemos de suas personalidades dúbias e como agem em nossa presença e em nossa ausência.

Outros de tantos sugerirmos os passos quando (nos compete) largamos mão, porque a cada um seu tempo, seu momento de amadurecimento e não há livro que seja lido se não houver o leitor e sua pré-disposição para a concentração na leitura. Ou seja, não semeie perolas aos porcos. Não perca seu tempo com pessoas que não querem aprender, avançar e apenas lhe vampirizar.

Falar com pedras é a mesma coisa que falar as pedras.

A vida torna-se sempre e comprovadamente mesmo para os céticos uma grande rede neural conectada por afinidades.

Você só estará em conexão com o que estiver de fato prediposto a estar ou em tudo que já é inerente a própria vida e o que você possa fazer disso, do seu livre-arbítrio e buscar novas oportunidades.

Por isso uns sempre estão em fases negativas, ruins e com pessoas vazias e que em nada lhes complementam. Conhecem apenas os parâmetros do eu.

O eu é de suma importância, compreendemos, porque se você não se ama, não se cuida, não se transforma, não recebe, nada terá para dar de si.

É impressionante o que vemos através das mídias o quanto as pessoas em sua maioria independente de classe social estão desequilibradas.

Isso nos exige todos os dias uma alfabetização constante em relação ao nosso bem estar espiritual, social e nos campos do relacionamento humano e nossas responsabilidades perante a coletividade.

A saúde espiritual agradece!.

Tom Capella

sábado, 5 de junho de 2010

Viva

Este texto nos faz entender muitas coisas.

Por Airton Luiz Mendonça

(Artigo do jornal O Estado de São Paulo)

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.
Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio.... você começará a perder a noção do tempo.
Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos,ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: nosso cérebro é extremamente otimizado.

cerebro1
Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.
Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.
Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.
Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.
É quando você se sente mais vivo.
Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.
Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera,
quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.
Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.
Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.
Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); o cérebro já sabe qual marcha trocar
(ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa,no lugar de repetir realmente a experiência).
Ou seja,você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente.
Aqueles críticos segundos de troca de marcha,leitura de placa são apagados de sua noção de passagem do tempo.
Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.
Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações, -.... enfim.... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.
Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana,
no ano ou, para algumas pessoas, na década.
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a...
ROTINA
A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.
Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo:
M & M (Mude e Marque).
Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos.
Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.
Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).
Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.
Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.
Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.
Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.
Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes.
Seja diferente.
Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos... em outras palavras... V-I-V-A. !!!
Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.
E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.
Cerque-se de amigos.
Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.
Enfim, acho que você já entendeu o recado,não é?
Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.
V I V A !!!!!!!!

Texto retirado do blog:

http://www.caldeiraodenovidades-al.com.br/index.htm

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Somos hóspedes

Ocupáramos por vezes espaços que não condizem com o que de fato estávamos procurando para nós, para o aconchego de nosso ser.

Hospedáramos em nossos corações e vidas o que muitas vezes não queríamos para nós.

Vimos obrigatoriamente como que anestesiados pela necessidade de sobrevivência, rostos, sorrisos, pessoas que amávamos partirem.

Uns em vida, talvez a representação da morte mais cruel e sagaz. Quando morremos em vida para alguém ou o inverso.

Outros pela própria condição humana de cada um de nós.

Sentimos o ar da última despedida. Do último sorriso e da última voz que nos envolveu o momento, a tarde, a noite o acalanto, o aconchego de nós mesmos nas esperanças.

Não bem sabemos que cores podem ser revestidas essas esperanças se no azul, no rosa, no amarelo ou no verde que cura as feridas da alma.

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Mas a história ainda não acabou. As músicas que gostamos ainda não terminaram, nem o livro de nossas vidas terminou de ser escrito.

Joga uma água no rosto e vai. Sai daí agora. Abra as janelas e faça assim que a tua vida reflita o sol que brilha lá fora ou o brilho da lua que explode em seu rosto.

“Felicidade não é ter posses, é ter posse de si mesmo”

Tom Capella

Janelas

Compreendendo que tua janela para o mundo são teus olhos e tuas percepções, por vezes não percebes que muitas pessoas enxergam através de vidros embaçados por anos devido suas dificuldades em desenvolver uma percepção maior que não seja a do egoísmo o que não lhe permite enxergar verdadeiramente as paisagens do mundo com as janelas da mente abertas.

janelas

Quando compreendemos que nossa felicidade sempre dependerá da felicidade do outro, que o amor é uma renúncia pessoal em diversos pontos de forma que ocorra o equilíbrio, principalmente no campo das diferenças, estaremos aptos a amar.

O amor é soma. Parceria. Fidelidade e lealdade. Sem esses atributos é apenas companhia, por vezes possessivas, mas que mesmo mostrando o cenário da felicidade, encobre o verdadeiro conteúdo do que acontece nos bastidores da intimidade do ser e assim no desgaste gradativo dos relacionamentos.

Existem pessoas que não sabem amar.  Não aprenderam.

Confundem com paixão. E paixão passa.

Preocupação com  o outro além dos resquícios das fronhas de seda, ultrapassa os limites das comédias de vida privada, seguindo além da rotina na convivência a novas descobertas sempre.

O segredo dos relacionamentos por vezes é a mudança gradativa do que é comum ao dia a dia para momentos novos. É auto-observação constante e não permitir que se caia em uma rotina até a hora derradeira.

Como se estivéssemos condenados a sermos demarcados com os números das estatísticas em relação ao grande vazio que sonda o homem.

E esses grandes vazios são justamente seus conflitos interiores em relação ao mundo exterior que por vezes o limita naquilo que verdadeiramente gostaria de viver, de falar ou sentir.

Permita-se então abrir as janelas, sentir o cheiro do ar, ou buscar o ar puro. Pense antes de tecer qualquer comentário pois isso não lhe complementará em nada. Apenas lhe desgastará e se precisa de terapia, não alugue seus amigos toda hora. Vá de fato em um bom psicoterapeuta. Existem boas opções.

Mas de nada adiantará você viver 20, 30 anos de sua vida lamentando-se e sempre culpando a sociedade, o governo ou os teus mais próximos sobre as coisas que você não conseguiu na vida. Pois muitas vezes só em competir já é a vitória em si.

Renove-se todos os dias e acredite em você, sem cessar o trabalho.

Respeite-se mais.

Perdoe-se mais.

Permita-se a paciência e tolerância de forma que possa assim aguardar em caminhada (sem parar, no silêncio dos teus passos), o resultado que é uma matemática inevitável do que tens plantado para você.

Mas nunca dependa do outro para o preenchimento de seus vazios. Complemente-se com o outro. Some. Reeduque-se! Aprenda a amar para não perder.

E aprenda a perder para poder ganhar. Pois muitas vezes quando você pensa perder é onde você ganhou. E quando pensa que se achou é onde se perdeu.

A vida é um contrato de risco, mas não temos medo do risco. O que fácil vem, fácil vai e gostamos do que é difícil, não é?

Se caímos mortos no chão. Se ninguém nos retirar, ficaremos por anos.

Observe essa figura. Ele “era poderoso”. Falava de todos. Imortal. Sábio. Arrogante. Caiu em cima do teclado e estava só porque espantou todos os amigos. E agora? Sempre precisará de alguém para retirá-lo de lá. Assim somos nós! 

Sozinhos somos nada!

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Ou seja, acorda para  vida e note que chegou a hora de dar valor ao que realmente mereça ser dado.

Dependemos uns dos outros e divididos somos fracos!

Desatenção para um monte de coisas e situações que você pensando ou não seguirão seus próprios rumos e em nada lhe resultarão em benefícios e você sofreu a toa.

Mude de rumo se precisar, use de seu livre-arbítrio e pare de se colocar por vezes abaixo. Mas não pise muito com força nos que estão por baixo, pois poderá sofrer a dor da queda.

Humilde com os humildes. Severo com os arrogantes no sentido de defesa, de auto-estima e proteção.

Porque existem pessoas que valem a pena.

Outras? Que nem vale que lembremos a existência.

Não tente ser bom. Procure ser justo e já estará ajudando.

Tenho dito. O tempo urge.

Tom Capella.

Qualquer coisa clique em exit para sair

Ainda na Grécia antiga, Sócrates compreendeu através do tempo, quando assistia as preleções dos grandes mestres da filosofia que muito se utilizava de firulas no diálogo de forma a criar paisagens que apenas iludiam mentes vazias.

O que temos notado no presente é justamente isso, discursos perfumados, populismo, firulas, picaretas de todo tipo e ordem.  exit

Parece que no mundo atual mesmo sem conhecimento de filosofia em alguns casos, muitos homens aprenderam a desenvolver as suas próprias, mas na vertente da demagogia.

Mentem tanto que até eles mesmos acreditam no que falam. São esses os falastrões da era moderna. exit

Importante sempre termos a consciência de nossas limitações. Mas mais importante é pararmos de justificar que errar é humano, como se fosse um salvo conduto ou uma passagem para novas falhas que muitas vezes são exercidas no campo do mal-caratismo, deslealdade, infidelidades e mentiras.  exit

O que muitos já de tão acostumados a viver assim, vivem como se fosse algo comum do dia a dia. Desde que não façam com eles, claro.

Este texto não é escrito por influência de Sócrates, e sim por influência do caráter. Da conduta. Da postura. Do limite. O que muito pouco se tem visto por aí. exit

Muitos já possuem seus próprios arquétipos de conduta. Ele tem seu carro, sua casa, sua religiãozinha, seu timinho de futebol, seu melhor amiguinho, sua melhor amiguinha, seu msn para as madrugadas quando estiver sozinho (salvo alguns que sabem utilizar), seu momentinho de show, é o mais inteligentinho da família, é o vencedorzinho da família, tem sua empresinha ou empreguinho. Enfim. O campeão. exit

Mas quando fora dos seus, age como um selvagem predador. Sobre a justificativa (consciente) de que é apenas um ser humano.

Eu diria, um ser humanozinho.

Tom Capella

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Eles não estão tão a fim de você

A sensação de adoção. Do achei. Do encontrei. Do consegui. Do eu fui visto. Por vezes denota uma postura até ridícula do sentimento de paternalismo que muitos aguardam sem de fato lutarem por si mesmos no que buscam. Sem atropelar as outras pessoas.

Vivem batendo no peito que ficarão muito bem na vida e que já falaram isso a eles. Quem falou não bem sabemos. Mas isso é mais dos mistérios que rondam os homens e são sondados pelos homens que na verdade esperam a campa pronta. Seja a campa na vida ou a campa que os aguarda em outros momentos que são certos. Chegarão.

Outros quando possuem oportunidades, almejam muito mais o que achamos normal na sequência da evolução e busca do progresso pessoal, mas insistem em queimar etapas.

Nunca satisfeitos com cada passo que devam dar, são vaidosos e não permitem em momento algum quando questionados sobre suas vaidades e sobre a necessidade das próprias conquistas através do mérito próprio.

Quando em interesses próprios são atentos. Quando não, fingem-se de esquecidos. Tomando posse de coisas que não lhe pertencem.

Vivem nos ralos. Vivem nas esquinas esperando para dar seu bote, mas não percebem que já foram vistos muitas vezes. Que foram descobertos. E que não enganam mais além dos que ainda estão no campo das ingenuidades e imprudências.

Preguiçosos por natureza, vivem por viver ou as espreitas de oportunidades para viverem as sombras de situações ou pessoas.

Empurram com a barriga e muitas vezes já desgastados pelas experiências da vida são limitados e cegos a tudo que é novo. E principalmente com suas opiniões já formadas como bodes velhos, são eles os escolhidos e não há espaço para nada mais que seja novo.

Ostentam os ossos que conquistaram como um arquétipo de superioridade e força, o que até conseguem influenciar aos que se baseiam no julgamento do sucesso alheio através das posses que observam e não por transformações do ser.

Em tudo o que é novo, agem como se todos os livros já tivessem sido escritos, todos os melhores poemas já houvessem sido declamados e note que no campo dos holofotes são sempre os mesmos.

Se algo novo surge, reiteramos, aparecem com críticas vorazes e como dragões da ignorância e do racismo e preconceito, destroem com as palavras.

Cuidado sempre que possas com esses bodes velhos de plantão. Não dizemos bodes no sentido da idade, dizemos no sentido das velhas ideias. Como feras em volta de suas presas não permitem as transformações. Guardiões dos castelos retrógrados ou como sepulcros caiados.

Quando compreendermos que a premissa primeira está no amor. Na coletividade. Na mesma proporção que queremos e buscamos o melhor para nós, as outras pessoas também possuem seus sonhos, seus momentos de brilho nos olhos, teremos um maior entendimento das coisas.

Enquanto isso seja justo, já basta.

Tom Capella

Doce lar, doce nada

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Em diversos momentos de nossas vidas é necessário que nos desintoxiquemos de pessoas desgastantes, informações, impressões, preconceitos, dogmas, relacionamentos vazios, conversas que darão em nada e situações artificiais e impregnadas de falsidades e pessoas que vivem em estado pineal mas que na verdade já estão entregues as próprias ventas do egoísmo e ao oposto dos caminhos das pessoas realmente sensatas.

Tom Capella

Comprou teu passe?

Tem sido cada vez mais comum a compra de passes do bem, através do reconhecimento de sermos politicamente corretos, em outros em meio a holofotes e isenção de impostos a demonstração dessa prática de que somos éticos, corretos, quando na verdade tudo é marketing.

Grande parte das pessoas continuam com a síndrome do bem. Sem exercer de fato as verdadeiras mudanças estruturais individuais. Sem a coragem de encararem de fato a si mesmos no espelho da própria consciência, sem efetuar as mudanças que por vezes são necessárias que é no campo das virtudes.

Mas uma grande maioria das pessoas além de gostar de enganar, adoram ser enganadas.

E nem sempre aquele que exerce a boa virtude poderá na reflexão das conquistas materiais, exercê-las de fato na ética, sem prejudicar alguém. Dizemos isso no ato predatório. Na caça em se facilitar as conquistas. Na maioria sempre o fazem as escuras.

Procuram sempre que podem novas vítimas. Temos notado isso até nos sites de relacionamentos, onde pessoas carentes e procurando o grande amor da vida delas, acabam sendo vítimas de pessoas mal intencionadas que aproveitam da carência e até ingenuidade dessas pessoas.Isso quando não termina em tragédias, extorsão ou exploração de sentimentos.

O ato da bondade tem tornado-se uma banalidade. Sem que consigamos de fato analisar as estruturas que sempre responderão de fato pela firmeza dos edifícios que ali se constituem.

A intenção por trás das coisas por vezes sempre ocultas e muito bem ocultas por meio de capas, máscaras e cores diversas podem por vezes nos ofuscar ou tentar ofuscar em relação as verdadeiras intenções dos envolvidos conosco nos projetos ou até relacionamentos nos mais diversos campos da vida pessoal.

A desigualdade dos atos, atitudes em relação aos arquétipos da bondade se apresentam constantemente mesmo que em forma de arquétipos ou pequenos atos.

Muitas vezes encantados nas possibilidades da realização dos bons relacionamentos, projetos ou complementação de sentimentos que nunca existirão porque não há afinidades se observarmos a consistência dos atos, ficamos cegos ou fazemos vista grossa.

Porque por vezes enxergamos apenas o que queremos permeados justamente por essas cores, encantamento, esperança até, mas em terreno infértil.

Tome cuidado sempre que possa com esses personagens do bem ou bem intencionados, observe a fidelidade e lealdade de seus atos. Observe sempre que possa seu histórico de vida e como conduzem seu dia a dia, antes de se entregarem ou criarem esperanças sobre o que eles apenas utilizam como passe para chegar até você.

Não dizemos aqui para ninguém ser desconfiado, desprovido de fé. Mas um avião não poderá levantar voo, sem antes checar todos os itens de segurança e mesmo assim não há garantia completa de chegada ou partida.

Não deixe sua vida solta, e não se encante no primeiro sorriso sem ter certeza ou checagem se é autêntico.

A carência em todos os sentidos, tem causado problemas terríveis, veja na mídia as ondas de violência, a falta de amor e respeito a vida do próximo, ao sentimento do próximo ou ideais.

A grande maioria das pessoas estão preocupadas consigo mesmas, o que podem conquistar em bens, o que podem comprar.  Sem as mudanças necessárias no campo pessoal do ser. E acredite, usam de falsos moralismos para conquistar de qualquer jeito o que almejam.

Essa tal de ética. Esse tal de arquétipo em ser bom. Do bem. Participamos de campanhas do bem, cumprimos nossas “obrigações” em muitos casos no campo da religiosidade, damos um sorrisinho hipócrita aqui ou ali, usamos frases de efeito como máquinas para chegarmos aqui ou ali. Passamos a imagem do bonzinho.

Quando na verdade somos apenas reflexo dos próprios interesses utilizando as ferramentas por vezes vis e hipócritas para tais conquistas sem de fato nos comprometermos com as mudanças do ser. Da conduta pessoal.

Fácil definir isso no campo da própria carne. No próprio âmbito pessoal.

Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem se não a você, mas ao seu filho, filha, mãe, pai ou quem mais ama.

Evite modismos e seja você na consciência maior de que através do seu passe, e da utilização do mesmo, poderá ter acesso à paisagens de fato que condizem com as cores que expressam.

Ou que darão acesso as mais terríveis decepções e vazios.

É teu passe. Use-o.

Tom Capella