Tem sido cada vez mais comum a compra de passes do bem, através do reconhecimento de sermos politicamente corretos, em outros em meio a holofotes e isenção de impostos a demonstração dessa prática de que somos éticos, corretos, quando na verdade tudo é marketing.
Grande parte das pessoas continuam com a síndrome do bem. Sem exercer de fato as verdadeiras mudanças estruturais individuais. Sem a coragem de encararem de fato a si mesmos no espelho da própria consciência, sem efetuar as mudanças que por vezes são necessárias que é no campo das virtudes.
Mas uma grande maioria das pessoas além de gostar de enganar, adoram ser enganadas.
E nem sempre aquele que exerce a boa virtude poderá na reflexão das conquistas materiais, exercê-las de fato na ética, sem prejudicar alguém. Dizemos isso no ato predatório. Na caça em se facilitar as conquistas. Na maioria sempre o fazem as escuras.
Procuram sempre que podem novas vítimas. Temos notado isso até nos sites de relacionamentos, onde pessoas carentes e procurando o grande amor da vida delas, acabam sendo vítimas de pessoas mal intencionadas que aproveitam da carência e até ingenuidade dessas pessoas.Isso quando não termina em tragédias, extorsão ou exploração de sentimentos.
O ato da bondade tem tornado-se uma banalidade. Sem que consigamos de fato analisar as estruturas que sempre responderão de fato pela firmeza dos edifícios que ali se constituem.
A intenção por trás das coisas por vezes sempre ocultas e muito bem ocultas por meio de capas, máscaras e cores diversas podem por vezes nos ofuscar ou tentar ofuscar em relação as verdadeiras intenções dos envolvidos conosco nos projetos ou até relacionamentos nos mais diversos campos da vida pessoal.
A desigualdade dos atos, atitudes em relação aos arquétipos da bondade se apresentam constantemente mesmo que em forma de arquétipos ou pequenos atos.
Muitas vezes encantados nas possibilidades da realização dos bons relacionamentos, projetos ou complementação de sentimentos que nunca existirão porque não há afinidades se observarmos a consistência dos atos, ficamos cegos ou fazemos vista grossa.
Porque por vezes enxergamos apenas o que queremos permeados justamente por essas cores, encantamento, esperança até, mas em terreno infértil.
Tome cuidado sempre que possa com esses personagens do bem ou bem intencionados, observe a fidelidade e lealdade de seus atos. Observe sempre que possa seu histórico de vida e como conduzem seu dia a dia, antes de se entregarem ou criarem esperanças sobre o que eles apenas utilizam como passe para chegar até você.
Não dizemos aqui para ninguém ser desconfiado, desprovido de fé. Mas um avião não poderá levantar voo, sem antes checar todos os itens de segurança e mesmo assim não há garantia completa de chegada ou partida.
Não deixe sua vida solta, e não se encante no primeiro sorriso sem ter certeza ou checagem se é autêntico.
A carência em todos os sentidos, tem causado problemas terríveis, veja na mídia as ondas de violência, a falta de amor e respeito a vida do próximo, ao sentimento do próximo ou ideais.
A grande maioria das pessoas estão preocupadas consigo mesmas, o que podem conquistar em bens, o que podem comprar. Sem as mudanças necessárias no campo pessoal do ser. E acredite, usam de falsos moralismos para conquistar de qualquer jeito o que almejam.
Essa tal de ética. Esse tal de arquétipo em ser bom. Do bem. Participamos de campanhas do bem, cumprimos nossas “obrigações” em muitos casos no campo da religiosidade, damos um sorrisinho hipócrita aqui ou ali, usamos frases de efeito como máquinas para chegarmos aqui ou ali. Passamos a imagem do bonzinho.
Quando na verdade somos apenas reflexo dos próprios interesses utilizando as ferramentas por vezes vis e hipócritas para tais conquistas sem de fato nos comprometermos com as mudanças do ser. Da conduta pessoal.
Fácil definir isso no campo da própria carne. No próprio âmbito pessoal.
Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem se não a você, mas ao seu filho, filha, mãe, pai ou quem mais ama.
Evite modismos e seja você na consciência maior de que através do seu passe, e da utilização do mesmo, poderá ter acesso à paisagens de fato que condizem com as cores que expressam.
Ou que darão acesso as mais terríveis decepções e vazios.
É teu passe. Use-o.
Tom Capella
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