sexta-feira, 18 de junho de 2010

Vou chamar a música para você!


E dos meus silêncios noturnos! Da janela taciturna notei a avenida vazia! Das luzes quase que apagadas e a solidão que nem mais sentia. E do meu rosto gelado. Das mãos perdidas por sobre o parapeito.


E assim senti o próprio vazio da alma. E tudo aquilo que me havia referência tornara-se apenas um beco. E dos becos meus senti meus abismos, meus guetos e meus quebrantes.

E do que me pedes. Do que me tiras. Do que me cansas. Eram apenas os ecos. O desencanto da decepção no fim da rua. Mas isso não nos diz. Isso nos desacata.


Dessas noites geladas. Das calçadas solitárias. Do anônimo noturno em seus cambaleios. E tudo isso que me perturba o sono.


Dos diversos personagens meus, o que mais me perseguiu, que insistiu, foi aquele que me dizia: – Espere, que após o plenílúnio a aurora virá.

“E ele conseguiu”

Tom Capella


paulista

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