“Vaidade das vaidades, tudo é vaidade”
Segundo o Dicionário Analógico da Língua Portuguesa de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo, esgotado desde 194, “vaidade” tem 71 substantivos afins, incluindo “ânsia incontidade despertar a aadmiração “parlapatonice”, “pretensão”, “memegalomania “egoísmo” e “narcisismo”. (Leia mais em Vida Simples,Ed.44)
Essa nova geração em que vivem horas e horas nos resquícios ilusórios dos sites de relacionamento, myspace, orkut, facebook, fora as madrugadas inteiras a procura do nunca te vi sempre te amei, nos MSNs, mostra um mundo virtual e existente que de certa forma envolve e muito as emoções humanas.
Pessoas tornam-se avatares instituindo personagens que gostariam de ter sido enquanto suas vidas aconteciam. Outros tentam reviver o passado, colocando imagens antigas ou expressando seus sonhos e tudo aquilo que sempre quis fazer e ser na vida mas não pode devido à dinâmica da própria vida individual ou por problemas e decisões pessoais.
Mas em tudo isso notamos a gestão do Eu. Como se tudo isso fosse uma grande vitrine virtual. E as pessoas colocam-se de acordo com o que querem mostrar em suas próprias vitrines.
Em grande parte o egoísmo e a vaidade, são sempre as pertinentes. Em outras o simples gesto de procurar amigos, um companheiro ou companheira, o que lhes expõe de forma cruel nas escuridões do mundo cibernético. Face às máscaras.
Mas acaba acontecendo um fenômeno que torna robotizando a grande maioria das pessoas que vivem conectadas horas e horas, alguns durante o dia em seu trabalho, outros pelas madrugadas. E não se vive a vida.
Não se enxerga a nitidez maior do dia a dia essa que buscamos nos monitores de lcd com maior nitidez justamente para como um looping ver com naturalidade maior o que já vemos se tirarmos os olhos dos monitores.
É o homem querendo reconstruir a vida, o homem através da tecnologia. Sendo que muito em breve teremos encontro de amigos somente através de conexões banda larga.
E é justamente o toque, a camaradagem de sentarmos na frente do mar e observarmos o que em breve não mais teremos se continuarem as ressacas.
Talvez um dia o homem consiga compreender e trafegar entre esses dois universos. Em uma composição respeitosa de que tudo isso do campo da artificialidade só possa existir para que nós possamos nessa evolução, progresso, tornarmo-nos seres melhores e reconstruir gradativamente um mundo maior para se viver.
Com mais justiça, respeito ao próximo e acima de tudo a nossa constante busca pela espiritualidade e com o olhar acima do chão, para o mistério do universo e tudo o que advém dele.
Pois não se esqueça, nosso planeta é como um rancho levitando nesse cosmos.
Tom Capella
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