Bem aventurados os que choram, porque serão consolados. (Mateus 5:5)
A grande maioria das pessoas se depara com um ou senão com todos os grandes males que sempre afligiram os seres humanos. A saudade. A dor. A angústia. A ansiedade. A melancolia. As dúvidas sobre a existência. Os vazios. Os medos. Os arrependimentos.
Temos observado o homem como se uma colcha de retalhos por vezes costurado, entre outras ainda (e sempre) incompleto.
Outros realizados no âmbito profissional, das conquistas materiais ou do que advém dela, mas ainda vazios no campo dos sentimentos. Outros ainda em seus vazios voltam-se para a busca da espiritualidade. Do seu existir. Do que busca e das dores e o porque dessas dores.
Temos também o grande dragão do século, “a depressão”.
Outras procuram nas ilusões do dia a dia paliativos para que não enfrentem de fato seus verdadeiros problemas e monstros pessoais que muitas vezes estão impregnados nos seus afetos, como metástases espalhadas nos diversos campos do relacionamento, onde exigiria uma grande força, coragem para as mudanças necessárias. Sem obviamente deixar de ter grandes perdas. Mas as vezes são necessárias para a reconstrução o recomeço.
As vezes é necessário morrer em vida para renascer em vida.
Notamos muitas vezes nos bares pessoas entram cabisbaixas e em minutos após a primeira dose, estão rindo alto, soltam-se nos diálogos, mas no dia seguinte novamente estão as voltas com as próprias decepções, vazios.
Essa paz, essa tranquilidade necessária se faz somente através dessas marcas que deixamos no fórum íntimo das impressões da vida e suas experiências e o que fazemos dessas experiências, não permitindo a desistência. A queda.
Se cai. Levanta. Se cai. Levanta. Muda daqui para ali. Joga a poeira longe. Molha o rosto. E segue em frente. Não há outra saída. A saída sempre será pela saída. Larga ou estreita.
Tudo o que vem fácil. Fácil vai.
Tom Capella
Nenhum comentário:
Postar um comentário