O que te dissimula. O que lhe faz desarmar o circo dos teus encantos. O que lhe faz sentir o coração palpitar nas melancolias tuas. Nestas distâncias que já eternas se tornaram. E dos teus vazios e dos teus próprios eternos.
Estes teus eternos.
O que te bole por dentro e lhe faz confessar a tua mais profunda sensibilidade, aquilo que lhe toca por demais o teu vibrato interior sem sentir. Sem nada.
Sinta por vezes a sonata mais bela e silenciosa que lhe toca a alma. E dos teus sorrisos que já partiram.
Dos teus mais belos abraços que lhe disseram adeus. E das tardes de domingos que não mais voltarão.
O que lhe queima por dentro e lhe agita assim os palcos teus. Do teu grito mais oculto.
Que é isso que lhe faz abaixar-se. Que é isso que lhe faz curvar-se.
Esta aguardente que lhe cai no rosto. O que é isso que não lhe alivia. Nem mágica nem o joelho nem a calçada sem cansaço das coisas. O que lhe corta ao meio?
E assim se de duas partes tuas. Se de teu polo e de teu norte. Se do norte queimou-se.
Se de teus polos caiu-se assim as tuas esperanças. Os teus olhos ainda pequeninos.
Das tuas mãos serenas. Do teu sorriso vazio e das estradas tuas.
São tuas, elas.
Por vezes sem mar. Sem estrelas. Sem sorrisos. Só lembranças já vazias e sem o abraço mais sereno.
Tom Capella
Nenhum comentário:
Postar um comentário