A Comédia humana é uma constante para os que tem olhos mais perceptíveis ao comediante propriamente dito. Notamos nos palcos da vida que personagens interessantes podemos ver nos mais diversos campos da rotina social. Personagens que vivem outros personagens que gostariam de ser ou que lhes permitem sonhar.
Salvo o que vemos no orkut, pessoas que vivem o que gostariam de ser ou que conseguem ali extravasar de suas diversas frustrações das histórias que não viveram.
Outros conseguem assim; viver como um verdadeiro Don Juan, com suas donzelas na rede, imensa de amigas, como amantes virtuais nas comédias que criaram para si mesmos e depois perante eles mesmos nos espelhos pessoais da alma, perante a decadência da própria saúde que deveras é apenas aquela que lhe cobra o que destruíram através dos anos, nos sonhos dos outros, nos que enganaram e mentiram deixando um rastro de destruição de esperanças e sonhos.
O que pode assim a vida dar-lhe em troca?
Ou nos redutos particulares encobertos por instituições e nas suas farsas, iludem quem podem, apenas para deliberar seus desejos assexuados e pobres.
Nas madrugadas assistimos o desenrolar de diálogos, paixões, amores que não ultrapassam a largura de banda ou o alcance de uma webcam.
Em outros casos encontros casuais e as escondidas procuram o endereço dos hotéis, e assim em seus cachareis noturnos vivem as escondidas histórias particulares, que terminam nos resquícios dos lençóis e morrem após o plenilúnio, no surgimento da primeira aurora.
Frustações, desencontros, mágoas, aflições, arrependimentos, drogas, álcool, lucidez envolta de embriaguez moral, egoísmos, procura constante em becos vazios.
E assim, vivem alguns boêmios da mentira, nos guardanapos noturnos com cheiro de cerveja.
Promiscuidade digital avançando de tal forma que se perderam em muitos casos os verdadeiros valores humanos.
Um desespero como se o mundo ou a própria vida fosse acabar em dias, em encontrar o príncipe encantado, na constante procura do eu vou ser feliz um dia.
Ou eu vou encontrar meu grande amor.
E que grande amor é esse senão a tua postura em relação as tuas próprias conquistas pessoais e a grande satisfação em estar vivo, respirar e ter assim possibilidades em fazer de suas conexões a melhor sintonia para que de fato atraia o que de melhor possa para você.
E assim, na comédia da vida privada, notamos que podemos nos divertir ou chorar perante a pequenez de tantos papéis.
E que palco prentendes representar então da tua peça, do teu personagem, João de Deus?. João de Sapucaia?. Bento de Freitas?. Ou Visconde de Sabugosa?.
Bom, bem sabemos que nem todo João é de Deus e que nem todo Visconde é de fato uma espiga de milho.
Tom Capella.
PS.: Faça então de uma laranja lima, uma boa limonada. (não entendeu?. Eu também ultimamente não tenho entendido nada em relação aos marmanjos que tenho encontrado em alguns momentos da vida)
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