Santa ética

Temos observado que cada ser carrega dentro de si sua própria “devoção”.
Alguns compreendem a condição de um santo de gesso, outros uma glorificação por vezes até exacerbada no sentido de fluírem com mais força o enaltecimento interior da auto-motivação; essa baseada em santos profetas ou na divindade como um grande mestre das realizações pessoais de cada ser.
Quase nunca no campo da transformação pessoal.
A restituição quase o sempre o é no campo dos bens materiais.
Um dia entrando em um escritório, notei na ante-sala que me separava da grande figura em que em alguns minutos estaria frente a frente, diplomas e mais diplomas na parede. Fotografias de lugares em que estivera e imagens suas de diversas fases da vida e até uma de quando ainda jovem.
Observando os livros na estante, tentei grafar em minha mente um pouco mais sobre a personalidade pessoal, suas impressões em relação aos diversos campos da vida.
Quando após um pequeno período de tempo em que ali esperei, fui convidado a entrar.
Pode-se imaginar que ali, a matéria prima era muito mais generosa no sentido de me dizer um pouco mais daquela senhora figura em que estava eu frente a frente.
Discretamente atrás do mesmo, vi um quadro e logo abaixo uma  base em mármore.
No quadro li exatamente essa frase:  SANTA ÉTICA.
Bom, não posso dizer que ali permaneci como um falante quase mudo, perante a supremacia e singeleza do meu anfitrião.
Fui direto ao assunto, resolvi o que deveras havia em relação ao objetivo da visita, que dizia respeito ao meu trabalho, sem deixar de notar que cada um de nós cultua seus próprios santos por vezes na vida.
Nesse caso eu notei que o que o protegia era justamente a tal santa.
A Santa Ética.
Dispensa comentários!
Tom Capella