As aparências enganam

Nem sempre tudo o que reluz é ouro e nem sempre quem sorri de fato mostra o que vem do coração.

Ninguém falará para quem não está apto para ouvir. E nem todos que ouvem de fato compreendem o que está por trás das palavras. A compreensão das coisas e fatos é algo muito mais profundo e que nos exige uma sensatez muito clara sobre a panorâmica das coisas.

Quando julgamos alguém por vezes não compreendemos a dinâmica da vida dessa pessoa. O que ela passa e o que ela permite que saibamos ou vejamos.

Tomando o exemplo de quando estamos a construir algo, temos que analisar por diversos ângulos todos os procedimentos para que consigamos ter o resultado almejado dentro do que planejamos.

Enquanto um certo indivíduo observa por um ângulo dentro de sua responsabilidade individual na tarefa que lhe cabe, quem está a frente de todos os campos das diversas tarefas, o responsável, a espinha dorsal, possue uma outra visão muito mais ampla e que enxerga tudo como um todo no sentido de que aquilo que estejamos construindo dê o resultado almejado.

Muitos querem ser, mas não fazem para ser. Outros querem receber os benefícios da lucratividade como um todo, mas não assumem as responsabilidades dos prejuízos que possam ter se algo sair errado.

São os aventureiros, fracos e com mente fraca porque não possuem a característica de liderança. Mas querem ser líderes. Querem ter o que não conseguem pagar e ainda por cima quando sentem-se prejudicados, fazem suas próprias pequenas leis e furtam do que não lhe pertence atribuindo sempre suas próprias razões.

Esse furto pode ser de objetos, não cumprimento de promessas, tempo, sonhos, esperanças e paz dos outros.

Pensam em se darem muito bem na vida de forma financeira, mas não pensam em serem grandes Homens, grandes pessoas, parceiros, parceiras, amigos, colegas, companheiros.

É como aquele que tomando ainda o exemplo de uma empresa, age como sócio, exige receber como funcionário e quando algo dá errado, é apenas um prestador de serviços que estava passando. Mas quer ser o bam bam bam.

Quando amadurecemos nos cansamos de conviver com pessoas assim em nosso lado. O preço da paz é muito simples. Basta termos decisões. Nos posicionarmos. E quando nos posicionamos não teremos todos os louros, perderemos por vezes, ganharemos em outras, mas o tempo é de fato o senhor da razão e sempre mostrará de fato a realidade das coisas ou as colocará no devido “tempo” em seu devido lugar.

Inclusive nós mesmos.

 

Sintonize-se

 

Mesmo quando a história acaba, basta passarmos perto de um cemitério, veja lá as campas, os nomes, as datas. Disso temos certeza para nós, para nossos amigos, aqueles que se julgam ser nossos inimigos e para os que amamos.

Viva e deixe viver. Se a própria água necessita de zelo, imaginemos então nossas vidas, nossas mentes, pensamentos, sentimentos, relacionamentos, necessidades básicas do dia a dia. Nosso corpo, organismo o que o alimentamos, bombardeamos e o quanto limitamos o nosso tempo, as horas, dias de nossas vidas em direção a essa campa.

Pare de se preocupar se gostam ou não gostam de você. Está preocupado com isso?

Pare de se neutralizar, viver o que querem que você viva. Ser o que querem que você seja e não o que você é, apenas para ser aceito em determinados locais, grupinhos ou por pessoas. Assim como você é obrigado a aceitar ou engolir muitas coisas que não são suas, não engula nada que seja dos outros.

Mas não perca a educação. As vezes um desprezo das coisa e das pessoas lhe protege muito mais e lhe permite um distanciamento gigante do que não presta para você.

Se te excluem de grupos ou em sites de relacioamentos por exemplo, isso ainda lhe fere? Bobagem.

O que não lhe serve lhe limpa.

Fora os riscos inerentes a própria sobrevivência do dia a dia mediante a tanta violência, criminalidade, enfim um verdadeiro labirinto de minotauros em forma de seres humanos que ferem, cerceiam vidas por um celular em uma esquina.

Somos responsáveis pelo que pensamos, onde colocamos nossos pensamentos, nossa vida e por nosso livre-arbítrio.

Sempre podemos recomeçar. Morrer todos os dias quando necessário for para que possamos dar um novo final a cada fase, a cada momento e tempo.

Não leve com você aquilo que não lhe pertença. Seja em que campo for. Nem a ignorância dos outros.

Não há palestra, curso, porta aberta, igreja, fundação que não esteja pronta para receber quem apto esteja para atravessar a porta.

O conhecimento está aí. Temos a liberdade em ter a fé no que queremos, acreditar ou não acreditar, contaminar nossos pensamentos por coisas negativas, pessoas negativas ou más companhias. Podemos ir, voltar, seguir em frente. Desde que não invadamos os limites das outras pessoas.

E temos a obrigação em não permitir que invadam nossos limites.

A vida sempre nos dará o que buscamos, mesmo na dor ou no amor, desde que estejamos de fato prontos para receber.

Tom Capella