quarta-feira, 4 de agosto de 2010

É meu!

Sempre comentamos sobre os relacionamentos que morrem nos limites dos lençóis.

Sendo que a carência de percepções baseadas somente na beleza e no toque, não resistem com o tempo as necessidades do alimento desses relacionamentos, baseadas que são nos diálogos e em questões mais simples no simples fato da agradabilidade da presença do outro conosco.

E não a posse, a doença do ciúme doentio que ao final sempre lhe será ruim.

Temos por vezes notado relacionamentos totalmente conturbados e ultrapassando os limites do respeito mútuo. Com agressividades seja no campo das palavras ou atitudes, como se a exigir do outro o que muitas vezes o outro não tem ou ainda não nos possa dar, ou jamais poderá.

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Quando aprendemos a amar, quando confiamos em nós mesmos. Em nossos pensamentos, nossas atitudes e postura. Quando sabemos de nossa capacidade em saber dizer um sim ou dizer um não. Nós nos libertamos de qualquer relacionamento que seja desproporcional ao que buscamos para nós.

Se você se aproxima de alguém apenas pelo desejo sexual, ou pelo encantamento da beleza física, sem observar de fato se o interior dessa pessoa condiz com as harmonias que você busca para você, você estará sempre limitado aos resquícios desse lençol. Aos seus limites.

Onde se inicia então com o passar do tempo, os destemperamentos, desejo de posse, ciúmes, medos, inseguranças. Mas você não pode ter o que não lhe pertence, o que não cultivou ou o que não lhe quer. Acredite, as vezes nos embrenhamos em relacionamentos em que não estão tão a fim de nós, além de uns dias e horas no macio de um lençol.

Adélia Prado já dizia: “Erótica é a alma”.

Relacionamentos são como libélulas que voam em paralelo. Ou como asas individuais que batem cada qual em seu momento, dispondo do equilíbrio do voo, que leva o encanto suave do amor entre dois seres. (Tom Capella)

Amadureça sempre que possa e permita-se amar e ser amado. Respeitando-se sempre os limites um do outro, sendo a força onde há fraqueza e recebendo a força do outro lado, quando de tua fraqueza.

Recomece todos os dias. Trabalhe sempre que possa no melhor de você. Dialogue, converse, aprenda a ouvir e aprenda a dizer. Não use o teu parceiro para coisas simples que você mesmo possa resolver. Não seja um empregado diário e sem sonhos. E não pense somente nos teus sonhos. A outra parte respira, pulsa, chora, ri, e muito espera de ti além da vida.

A fé é o exercício diário de nós em nós mesmos na melhoria não somente nossa, mas de todos aqueles que nos rodeiam.

Tom Capella

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