Independente da região mental ou intelectual que você habita jamais fugirá da condição humana, das percepções que todos sentimos em relação a esse ou aquele gesto na vida.
Ou seja sempre nos encontramos uns com os outros seja na hora derradeira de quando finda a vida ou dos gestos mais simples do cotidiano humano, independente de cultura ou raça.
Somos por vezes como ilhas individuais como um pequeno centro do universo em si mesmo, observando, interpretando e interagindo com tudo o que nos rodeia.
Por vezes enxergando determinadas coisas mas não vendo de fato o que possa estar por trás destas paisagens. (ilusões)
Torne-se sempre que possa não uma ilha pequena mas um universo em expansão, que interage, aprende e reapreende todos os dias. Todas essas novas possibilidades estão aí nos esperando. Você é livre para escolher o que quer, fazer os cursos que queira, frequentar essa ou aquela denominação religiosa, acreditar ou não no que lhe dizem ou ir por você mesmo descobrir e analisar as coisas.
Tem a liberdade de recomeçar sempre que possa e por vezes não analisa que existem pessoas em situações piores que as suas. Outras enfrentando problemas particulares, perda de entes queridos, doenças.
Acorde para a vida sempre que possa e não permita que as ilusões lhe cegue e lhe jogue no campo das fantasias que existem apenas em sua cabeça.
Não viva uma vida alimentando em seu coração desavenças passadas. Já passaram. Até as pessoas que lhe prejudicaram lhe ensinaram algo. Ao que é da justiça dos homens entregue à justiça dos homens.
Ao que é da justiça da lei de ação e reação, ela agirá não importa o tempo.
Por vezes observe como você vive a sua vida hoje e já terá uma visão de como será sua vida amanhã.
Observe sempre que possa o que já conquistou até aqui. E que em muitos momentos a apresentação da dor ou das perdas presentes são apenas limpezas necessárias e mudança de regiões para outras que lhe permitirá novas fases.
Saiba sempre o que você não quer para sua vida. Os amigos que não quer. Os parceiros que não quer no campo profissional, o tipo de trabalho e ambiente que busca para você e esforce-se sempre para que isso torne-se realidade.
Reeduque-se para que não se envolva em relacionamentos sem chão. Envolvimentos que nascem das ilusões ou paixões ou das carências. Quando você está carente pode levar para sua casa interior o que não precisa. Aprenda a desenvolver a sutileza em ver as coisas como realmente são. A tentar se posicionar em relação ao universo, suas conquistas e jamais esquecer que tudo o que se construiu até hoje (no campo humano) saiu da mente do homem.
Sabendo o que não quer, descobrirá com mais facilidade o que quer e o que busca. E nem sempre o que você pensa querer ser o melhor para você é de fato o melhor para você.
As vezes nos iludimos com situações, pessoas e em situações que ao final nos deixarão de mãos vazias e nos limites das próprias decepções.
E acredite, muitas decepções não são oriundas dos outros, são nossas próprias. Usamos as pessoas como desculpas e nos postulamos sempre como vítimas. E somos mesmo vítimas mas do nosso egoísmo, nossas vaidades e nossa deslealdade conosco mesmos.
O grande mal da humanidade atual são os vazios que o homem defronta-se. O resultado dessas decepções advém do que esperou das pessoas e não obteve retorno, dos projetos de vida que não deram certo, das decepções inerentes à própria condição humana.
Alguns buscam o conforto na fé, outros vivem atrás de cursos, treinamentos que atuam nas transformações pessoais ou abraçam uma fé cega e dogmatizada, como um reduto de segurança e proteção. Mas não se transformam, não desenvolvem novas virtudes no campo dos sentimentos.
Temos todas as ferramentas necessárias para essas transformações, mas continuamos mancando sobre os próprios defeitos. De nada adianta um embelezamento por fora se essas transformações de fato não partirem de dentro de nós. Nossas vidas são momentos. São etapas. Fases. Erros, acertos, encontros e desencontros.
Comece a ser você e sinta a leveza que é em não ter mais que representar o que não é. Pare de tentar ser para as outras pessoas o que você não é. Use sempre que possa das possibilidades que o mundo lhe permite e tire o melhor de cada uma delas. Não leve tudo tão a sério. Mas não desvalorize as coisas de tal forma a ser vulgar.
Analise condutas. Posturas. Não se iluda com falsas sensações de poder, prosperidade sem base, relacionamentos vazios. A não ser que você busque isso para você e assim esteja pronto para receber as consequências disso. Mas não culpe situações e os outros.
Muitas pessoas vivem e nem sabem porque vivem. Levam seu dia a dia como gomas de mascar sem sabor. Vidas artificiais e robotizadas, presas em interesses diversos e colocando a culpa em tudo e em todos por seus próprios desencontros.
Assuma sempre que possa o que você quer para você. O que você é. No que você possa tornar-se através do seu esforço. Tudo requer disciplina, organização e vontade.
Recomece todos os dias sempre que possa e acredite que você pode mudar sua vida, mudando sua conduta, sua postura e principalmente limpando as janelas da alma.
Somos ilhas, “estrelas solitárias” por vezes, mas sempre faremos parte da constelação maior da inefável presença de Deus em cada um de nós.
Tom Capella
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