domingo, 28 de junho de 2009

Café no Saguão

Uma das coisas que mais gosto como se fosse a hora do café, é quando estou no saguão do aeroporto esperando meu horário de embarque e começo a observar as pessoas.

At_the_airport_by_bugbusta

Percebo ser eu também um observado e de forma atenta por alguns olhares mais discretos! Tento de forma subjetiva observar no campo fértil de minha imaginação sobre a rotina de cada pessoa alí e o que os leva a viajar.

Por vezes sempre peço um café no saguão minutos antes do embarque e acaba por vez ou outra surgindo uma conversa temporão aqui ou ali, uma troca de palavras com um anônimo qualquer e quase sempre os destinos são diferentes.

Prefiro assim pois se entramos no mesmo avião discretamente eu me afasto, pois existem aqueles casos em que a pessoa se empolga e tenta trocar o número da poltrona com outro passageiro parar ir conversando até o destino. O que deveras evito pois sou daquele tipo de pessoa meio chata que prefere viajar no silêncio e no sossego apenas observando de minha janela solitária (sempre peço esse lugar) o quanto sou pequeno fisicamente perante a panorâmica do meu planeta.

Se tenho medo, confesso que não.

Tenho mais medo das surpresas que os seres humanos nos preparam no âmbito da vida em suas diversas manifestações de personalidade do que das máquinas tecnologicas.

Semáforos nas grandes metrópoles

Se analisarmos racionalmente e friamente tenho mais medo em parar em um semáforo nas grandes metrópoles do que viajar de avião.

Tenho uma opinião particular que deveriam proibir o “carona” nas motos por um tempo ou tempo indeterminado; (minha opinião, absurda sim, concordo e peço minhas desculpas aos motoqueiros e motociclistas) mas se isso nas estatísticas nos mostrar que ao menos uma vida foi salva devido as mortes nos faróis, sobre minha forma de ver já foi válido. Coletividade.

Minha opinião. Minha humilde opinião.

O risco em se parar em um semáforo e ser abordado e em minutos estar no porta malas do seu próprio carro é deveras grande.

Essa sim é uma viagem sem volta garantida.

Mas é um assunto para outro dia.

Estradas

Viajar de São Paulo à Curitiba por exemplo, pela chamada  “Rodovia da Morte”, jamais!

Viajei uma vez para nunca mais.

Voltando ao saguão do aeroporto…

RGISBR~1

Descobrí a pouco que ainda existem os tais caixeiros viajantes. Hoje com um Smartphone, um notebook e com histórias de sucesso e insucessos.

Engraçado para uma pessoa que há 20 anos atrás viajava de Brasília para São Paulo, de carona ou que seguia para qualquer lugar do país apenas com uma mochila nas costas, sem destino, pouco dinheiro no bolso e sem garantias de retorno. Que mistérios são esses que guardavam-nos nessa época ainda não sei.

Interessante é que através dessas viagens a cada um seu prisma, tenho sentido realmente o respiro da vida. Tenho compreendido minha relação com o mundo. Tenho por vezes tentando voltar no tempo para vivenciar com os olhos cerrados diversas passagens que apenas conhecemos através dos livros.

Faça então assim sua história de vida valer a pena. Saia de sua zona de conforto e procure compreender que o mundo é muito mais do que você observa no campo de alcance de teus olhos, conceitos, preconceitos e cultura.

O que faz esse mundo, ser o que é são justamente as diferenças.

Isso porque dei uma rodada por aí apenas em nosso país.

Bom domingo!

Tom Capella.

Nenhum comentário:

Postar um comentário