segunda-feira, 29 de junho de 2009

Sem desvelos

Na casa noturna. Na rua de trás. No silêncio de mim. No inconsciente nefasto do que penso se foi ou não foi ou se foi ou ficou no que posso fazer assim dessa quimera que faz parte das sombras noturnas, nesse reflexo impetuoso sem compaixão, são dessas marcas que ficam no adesivo da alma, no sorriso sorrateiro ou no vacilo inteiro das virtudes que não são assim.

Não que são segredos. Não que são desvelos nem velo, nem velar.

Apenas um pesar. Desses que o mundo nos esvazia, sem ar, sem batimentos, sem olhar.

tet

Como uma segunda versão da vida ou uma vida mal vivida ou mal passada. Seja assim novamente desvelada. Sem dual. Nem paralelo respeito. Sem mistérios ou novelos que se possa assim desfazer.

O que faz assim tal quimera nas esquinas turvas, do olhar que não vê, no sentir que não se sente, no segredo que se vela, na noite que se revela, dos pensamentos assim tão pertos dos limites do ser que não se é ou não se pode ser, na linha do inconsciente que insiste assim em invadir o real consciente sem a condolência do que não se permite ser.

Se és ou não és. O que se podes ser. No destino, na dor, no destemor, no revoar e segredos teus?

São apenas zelos teus.

Tom Capella.

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