terça-feira, 30 de junho de 2009

Sem título

 

Sozinho no meio da platéia, luzes apagadas, observei no palco uma suave luz, serena e azul, em um celeste que para mim parecia um vibrato presente, ouvido e sentido pelos olhos do meu ser.

O que me permite a sensação do cheiro suave da rosa. Do lenço jogado no chão de madeira. Na cadeira vazia no meio do palco e um clima de saudosismo talvez, deveras meu ser o que poderia tentar expressar o que não tem expressão. O que não tem vazão. Não tem limites. Não tem rótulos. Não tem capa nem luz e nem vela.

O que poderia eu sentir no suave diácono dos meus mais tenros tempos. Ou na leva serena de novos horizontes. Eu vi o horizonte ali. No meu silêncio observando o não observável.

Sentindo a luz suave, serena,  azul celeste, nos vibratos meus.

Fire_Scimitar_by_MattTheSamurai

Sem becos, sem guetos, sem conceitos, sem preconceitos, sem julgamentos, sem rupturas soturnas dos lenços mais suaves. Se me entendes, se entendes, tudo é tão profundo, tudo é tão sem rótulo.

Apenas a leveza suave da rosa no palco. No seu suave quedar. No seu suave aroma. E meus olhos noturnos que se firmaram, zelosos, saudosos, apenas olhos.

Tom Capella

 

sss

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