Por vezes o homem é uma vítima de seu próprio momento, das erupções de suas mais profundas mágoas, tomando o rumo da própria vida aquém do que poderia ser apenas um bom chá ou café ao final da tarde, seguindo direto para um desastre moral ou social que possa assim limitar sua própria vida.
Por isso necessário se faz o desenvolvimento da razão face a face. Da clareza de idéias e do monitoramento diário dos pensamentos e sua integração com o mundo que lhe rodeia. Não permitir-se ser um joguete das palavras externas que por vezes lhe avança no mais íntimo da alma para desestruturar-lhe a paz ou equilíbrio, transformando o final do dia de uma tranquilidade para uma tempestividade que pode até cercear-lhe a vida ou o rumo dos próximos dias.
A precipitação em falar sem medir as consequências, ou dos gestos impensados da vida moderna que sofre uma transformação sem limites em relação ao ontem quando do telegrama, carta escrita e hoje na velocidade das informações que atravessam o planeta com a velocidade da luz.
Por vezes é necessário esperar apenas 5 minutos para que o rumo das coisas mudem, ou precipitar-se em um segundo para que dos gestos intempestivos mudemos de forma drástica nossos destinos ou relações com o mundo e pessoas.
De toda uma paisagem em colorido, acabamos vendo o preto e branco da lucidez e candura necessária para que a razão campeie o sentimento.
E no cenário colorido vemos então a velha roupa colorida pendurada no varal por sobre o palco em que queremos encenar a nossa melhor história, nosso melhor roteiro que é a sabedoria em se saber viver.
A cada novo minuto é um avanço ao final de nossos dias. Nosso corpo segue na pulsação da vida, mas no desgaste pessoal que lhe é próprio. Ainda superamos os obstáculos do dia a dia seja no campo da violência urbana, dos problemas de ordem de saúde, nas fatalidades da vida, e como seres totalmente independentes em relação as catrástofes do mundo, seguimos como se nada tivéssemos a ver com tudo o que ocorre no mundo e apenas acontecendo nos arredores de onde passamos, dos que amamos ou de onde nos integramos que são os grupos sociais que instituímos assim nossas vidas.
De eternos que pensamos ser, quando compreendem que não haverá essa geração em até 130 anos, e que já somos ontem e seguimos para o futuro, que por vezes é incerto pois das travas nossas enfrentaremos ainda os obstáculos que surgirão e nos deixarão surpresos, até que o pensamento cesse na queda do corpo.
A partir de hoje então, comece a viver de verdade, não arriscando sua vida em desesclarecimentos coletivos em relação as ignorâncias e tempos tachados pela hipocrisia. Segue sempre em frente e compreenda que desse nós somos ontem, poderemos viver e viver com intensidade a vida que temos, a vida que levamos e na compreensão que poderíamos não estarmos aqui, se já no início da concepção, não atingíssimos em alta velocidade a ovulação.
Temos então as oportunidades, por isso devemos acordar para a vida e utilizar das ferramentas frutos do progresso apenas o que nos concede a integração com esse progresso e avanço das coisas.
Tom Capela.
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