Um dos piores ladrões que possam existir no campo dos relacionamentos humanos são os déspotas do tempo.
Aqueles que te iludem. Criam fantasias. Liberam poesias. Não sustentam-se na frente dos seus afins e mantém-se na farsa dos bastidores.
Tomam seu tempo e energia como vampiros.
Em grupos aparecem do nada e ainda sobre as égides de legiões que sabemos lá de onde vem, falam em nome do Senhor, mas que na verdade são palavras que vem deles mesmos, porque na verdade e em verdade estão preocupados mesmo é com o show pessoal.
Aparecem do nada com palavras dóceis como se fossem seres ilibados, mas podres por dentro. Apenas com a intenção de tirar algo de você. E ao terminarem de te sugar, desaparecem com o mesmo rostinho de candura que chegaram até você.
O ladrão de tempo. De sonhos. De candura. De jabuticabas que se expressam assim em olhares que de tão belos são assim do que há de melhor no jardim da vida.
Talvez sejam nesses campeios que me deparo com meus “deuses” e meus “demônios”, no sentido de enfrentar frente a frente, tais feras e na necessidade de também ser fera.
Ao mal a força. E a força do bem prevalece a do mal. Basta querermos sair da zona de conforto e enfrentar quimera face a face.
Para que possa assim prevalecer a força do caráter e da verdade e não do que se permitiu acontecer nos bastidores da hipocrisia e do sorriso sereno que não exerce a verdadeira necessidade do embate disciplinar que o seja no sentido de manter-se o objetivo maior dos projetos, tarefas que se propuseram, na ordem correta do mapa a ser seguido.
Por vezes prefiro trabalhar na lama. No suor e na espada. Na sustentação dos pilares e na guarda noturna do muro que cerca a cidade.
Guarda essa das melhores virtudes do ser.
Nunca temí a dor, a fome, o frio.
Mas temo homens hipócritas que esperam nas espreitas e nos vales escuros e vivem pelas beiradas como gosmas silenciosas esperando para dar o bote da vaidade, do orgulho e do egoísmo.
A esses meu desprezo. A minha justiça e minha clava forte.
Não acredite em tudo que lhe digam. Sem analisar de fato a base. A estrutura e o que se está fazendo para que essa estrutura se fortifique e consiga assim manter o peso das responsabilidades.
Não permita que teu tempo seja em vão.
E que tirem de você seus sonhos.
Rejeite nove verdades, mas não permita uma mentira. Que poderá lhe arrastar ao abismo da decepção.
Que do teu tempo opere a obra na construção de um mundo e um amanhã melhor, uma sociedade melhor e mais justa.
Que compreendamos que nosso próximo somos nós. Que todos nós dependemos uns dos outros. Que se cairmos ao chão como um morto, se ninguém nos tirar do local ficaremos milênios no mesmo local, sobrando apenas resquícios do que fomos um dia.
Uma andorinha só não faz verão.
Tom Capella.
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