O orgulho está presente em todos os campos sociais. A maior praga da humanidade é justamente a falta de humildade aliada ao ar de superioridade mesmo quando estamos precisando das pessoas.
A não colocação no lugar do “outro” tem sido comum na sociedade é como se fosse o amor curto. Um amor delongado, aquele amor que consegue colocar-se na posição do outro, sofrer pelo outro, compreender o que o outro está passando, a perda do outro.
Essa é uma virtude rara nos dias de hoje.
Poucos lugares que pisei sentí realmente a presença de Cristo, além das palavras ao vento e das mediocridades dos que falam e em 5 minutos nem lembra-se do conteúdo do que se falaram e um grupo inteiro apoiando uma demagogia e por vezes um Sepulcro Caiado falando como se estivesse com moral para falar algo e todos venerando-o e um doente levando outro doente ou doentes, o resultado é o abismo profundo ou uma fábrica de desequilibrados.
Essa virtude rara, em colocar-se no lugar do outro. Que desenvolví no decorrer da vida em relação ao sofrimento e quedas que sofrí dou o nome de:
“compaixão”.
O ser humano perdeu-se no caminho de forma a procurar preencher seus espaços sempre na somatização do que possa levar de vantagem no sentido da ingratidão.
Vivem como lápides ambulantes, postulando o que não sai do coração e vivendo às margens do que pensam que fazem de bom, mas na verdade é como uma construção vazia porque de nada habitará tal espaço porque a vaidade é deveras grande.
A grande maioria das pessoas estão preocupadas com o próprio umbigo. Com as próprias satisfações pessoais e não pensam duas vezes em passar por cima de qualquer pessoa ou ética para atingirem seus objetivos.
Isso levantando a bandeira da ética. Mas nos bastidores íntimos da alma, são seres piores que muitos que ainda não se encontraram no campo dos conhecimentos que seja no campo do conhecimento, intelectualidade, crenças, entre outros.
Muitas pessoas desaprenderam a amar de verdade. Ouvir de verdade. Sentir de verdade. Olhar de verdade. Abraçar de verdade.
Colocar-se no lugar do outro de verdade. Receber os que chegam de verdade. E somar de verdade. Porque tudo parece como uma disputa ferrenha. Seja em que campo for.
Tudo isso levando a bandeira da verdade. Da ética. E principalmente do sectarismo em relação aos que não pensam como eles.
E o mundo está como está. A sociedade se desfazendo como areia. Novas linguagens surgindo e o espírito de misericórdia, compaixão, zelo pelo próximo, coletividade, sendo esvaziados a cada dia.
Outros levantando bandeiras, mas de tão perdidos não permitem novos companheiros no sentido da soma, da organização, da disciplina para seus projetos.
É o tal orgulho como o mal colesterol. Eu sou. Eu fiz. Eu posso. Estou aqui há anos. Faço isso. Faremos isso. Destróem sonhos. Esperanças e espalham a sensualidade hipócrita disfarçada por bons samaritanos.
Mas sem uma dinâmica. Nada acontece. Tudo é lei de ação e reação. Tudo na vida tem sua própria dinâmica, a partir do momento em que dermos o primeiro passo.
E dessas casas quando existe a rapina e iniquidade só sobrarão cinzas e não restará pedra sobre pedra.
O resto vira farelo.
Tom Capella.
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